Eduardo Jesus, que falava no auditório do Museu da Eletricidade, na Conferência do Futuro s da Europa, referiu que para o próximo Verão “vamos ter um aumento de 37% nos lugares disponibilizados pelas diversas companhias aéreas face a 2019. Isto significa que, nesse aspeto, a Madeira tem conseguido evoluir e tem procurado responder aquele que é o desejo de todo este sector” afirmou, acrescentando que, apesar de estarem “reunidas todas as condições para que a época alta do turismo regional seja bastante positiva, a evolução do setor está sempre dependente de várias ocorrências” como é o caso do conflito na Ucrânia, que também vem colocar alguns constrangimentos na organização de viagens.
Apontou que dados publicados esta sexta-feira sobre estudos feitos na semana passada “indicam que poderá haver um crescimento do turismo na Grécia e na Península Ibérica, incluindo naturalmente Portugal. E esses estudos perspetivam um aumento de 3% para o nosso país”. Explicou que esses indicadores revelam que poderá haver “uma deslocalização do turismo da parte Leste para a parte a parte Ocidental da Europa, mas que vai depender muito da evolução do conflito que provoca nas pessoas insegurança e é a pior coisa que pode existir quando se planeia viagens.
Eduardo Jesus deixou ainda críticas à atual exigência no preenchimento de formulários nos voos que ligam a Região e Portugal Continental. “Hoje vivemos o ridículo de viajarmos da Madeira para Lisboa e termos que andar a preencher formulários, como se os passageiros da Madeira que aterram em Lisboa fossem causadores da pandemia, destacou, sublinhando que o Governo da República não pode colocar esta exigência ridícula quando o mesmo não acontece nas outras viagens de origens nacionais”.
Mais cedo, em declarações aos jornalistas, voltou a tecer reparos ao Governo Central, desta vez sobre a forma como tem sido abordada a questão da operação no Aeroporto da Madeira. “A República não tem cumprido desde longa data e são vários as dossiers que estão a marcar passo, como é o caso dos equipamentos do aeroporto, que é uma situação gritante sublinhou explicando ainda que nem consta escrito no Orçamento de Estado para 2022 os 4,5 milhões de euros que são necessários para a aquisição do equipamento”, acentuou.