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Solar de São Cristóvão assinala terceiro aniversário

O Solar de São Cristóvão, espaço tutelado pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura e localizado em Machico, assinala hoje, dia 16 de setembro o terceiro aniversário da abertura como solar com coleção visitável. 16-09-2022 Turismo e Cultura
Solar de São Cristóvão assinala terceiro aniversário

A história dita que a construção da Quinta de S. Christovam, a mando do morgado Cristóvão Moniz de Menezes, começou no ano de 1690 e terminou em 1692, data gravada na cantaria da porta da capela e afirma-se como tradicional solar madeirense abastado, na tradição arquitetónica insular.

Em 1987, o então proprietário, Carlos Cristóvão, doou o imóvel à Região Autónoma da Madeira, atualmente classificado como imóvel de Valor Local, estando à altura, em avançado estado de degradação.

 

A Secretaria Regional de Turismo e Cultura foi responsável pelas obras de recuperação do espaço que reabriu em 2019, como solar visitável.

 

Ao longo do ano, além de ser um espaço que está aberto ao público e de participar em comemorações comuns aos outros museus e espaços culturais da DRC, é palco para várias atividades como a Festa de São Cristóvão (realiza-se em maio e tem como objetivo homenagear o santo ao qual tem dedicado a Capela do Solar) e o Programa de Férias Ativas (realiza-se nos meses de julho a setembro e tem como objetivo organizar programas e atividades lúdicas relacionadas a história do Solar contribuindo para a oferta da ocupação dos tempos livre dos mais jovens). Há ainda o “Natal no Solar” (realiza-se no mês de dezembro e tem como objetivo a realização de uma Exposição temporária de duas mesas de refeições alusiva ao Natal e de um Realização de um presépio Madeirense), o “Há Música no Solar” (realiza-se nos meses de agosto e dezembro e tem como objetivo a realização de um concerto de música ligeira em agosto e dois concertos em dezembro no natal alusivos à época natalícia) e o “Solar Aberto” (realiza-se ao longo de todo o ano e tem como objetivo proporcionar aos visitantes, individuais ou em grupo, visitas temáticas ou generalista à História do edifício, jardins e respetivas áreas exteriores do Solar).

 

O Secretário Regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, salienta que abertura deste solar ao público em 2019 inclui-se no conjunto de investimentos que tem vindo a ser feito pelo Executivo Regional nos últimos anos com vista ao aumento da oferta cultural na Região e contribuindo para

a descentralização dessa mesma oferta. “Neste espaço datado do século XVII e que, em boa hora foi recuperado pelo Governo Regional da Madeira, os visitantes têm a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história da Madeira, através das vivências de diferentes épocas ao longo de várias gerações, em homenagem à memória da família de Carlos Cristóvão, que ali se encontram”, sublinha.

 

Sobre o Solar

O solar sofreu algumas transformações, fruto do devir dos tempos. Construíram-se instalações sanitárias, atelier, biblioteca, quartos onde outrora havia lojas, adega, dormitório dos serviçais.

Na cozinha permanece um forno original a lenha, sobre lajeado de pedra.

Pode caracterizar-se um núcleo significativo constituído por mobiliário de origem portuguesa e madeirense do século XVII ao XIX, em vinhático, mogno, nogueira e carvalho, como referência à marcenaria regional. Outro conjunto, é marcado pelo mobiliário português de inícios do século XIX do qual se deve destacar um canapé de pau santo ou um piano de gabinete em madeira de nogueira.

Em especial, destaque um quadro a óleo do séc. XVII, O Milagre da Nazaré, coetâneo do início da ocupação do solar.

Da coleção, especial referência para um sideboard português do seculo XVIII, em mogno, de uma oficina nacional ao tempo de D. Maria I.

À apresentação inicial das coleções, foram adicionadas peças provindas de antiquários, por desgaste dos originais no seu uso diário, alargando o número de objetos de uso doméstico e ornamental dos vários seculos com predominância para o seculo XIX, para melhor se caracterizar o quotidiano de uma quinta centenária, harmonizando e contextualizando a vivencia deste solar ao reforçar a dimensão de residência ao gosto madeirense desde o século XVII ao seculo XIX. Destaque-se numa caixa de prever em mogno e um bidet em madeira de vinhático, retomado a veracidade dos usos e costumes dos séculos XVIII e XIX, nas casas mais abastadas.


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