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“Como uma ilha sobre o mar: Lourdes Castro”

Exposição “Como uma ilha sobre o mar: Lourdes Castro” abre este sábado no MUDAS. Museu 09-12-2022 Turismo e Cultura
“Como uma ilha sobre o mar: Lourdes Castro”

No âmbito do programa definido para as comemorações dos trinta anos da fundação do Museu de Arte Contemporânea da Madeira, no próximo dia 10 de dezembro, pelas 17h00, terá lugar a abertura da exposição “Como uma ilha sobre o mar: Lourdes Castro”. A inauguração conta com a presença do Presidente do Governo Regional da Madeira e do Secretário Regional de Turismo e Cultura.

Esta mostra que conta com a curadoria de Márcia de Sousa, propõe-se traçar um panorama transversal sobre a vida e obra de Lourdes Castro, sinalizando alguns momentos que marcaram o seu percurso pessoal e profissional. Sem a ambição de se configurar como uma exposição antológica, assume-se como uma homenagem a esta renomada artista, de origem madeirense, recentemente falecida e cujo percurso deixa uma marca incontornável na história das artes contemporâneas em Portugal. Integrando uma vasta seleção de obras e documentação, este projeto percorre o registo de vida desta autora deste a infância até aos últimos anos da sua vida.

Esta iniciativa conta com a colaboração de várias instituições nacionais e de coleções particulares que, gentilmente se associaram ao MUDAS.Museu com a cedência temporária de algumas obras dos seus acervos. De entre as colaborações constam: O Centro de Arte Oliva, os CTT - Correios de Portugal, a Culturgest, a Fundação Carmona e Costa, a Fundação Portugal Telecom, Coleção Fundação Altice, o Núcleo Museológico do Palácio de São Lourenço, a Galeria Ratton, a Galeria Sete, o MACAM, o  Museu Coleção Berardo, o  Museu da Tapeçaria de Portalegre Guy Fino, a Câmara Municipal do Funchal, o Museu Nacional do Azulejo, o  MNAC, o Banco Santander, a Fundação de Serralves, o MAAT,  o Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Galeria Porta 33, a Fundação Millennium BCP e a Galeria 111 e  a coleção Maria Eugénia e Francisco Garcia, entre outras instituições.

Enquadrado no âmbito desta iniciativa, está ainda prevista realização, no decurso dos primeiros meses do próximo ano, de um programa complementar à exposição que integrará diversas iniciativas, de entre as quais destacamos a realização de um ciclo de conferências, a apresentação no auditório do MUDAS.Museu de  sessões comentadas do documentário de Catarina Mourão “ Pelas sombras”  e das fotonovelas “o amor que purifica” e “trotoário azul” em colaboração com Catarina Mourão e com a galeria Porta 33, respetivamente. Do programa em preparação inclui-se ainda a publicação de um livro a propósito desta iniciativa, entre outras atividades.

Esta exposição poderá ser vista até ao final do primeiro semestre de 2023 na área principal de exposições do Museu de Arte Contemporânea da Madeira.

 

Sobre Lourdes Castro, refira-se que nasceu no Funchal, em 1930. Frequentou o curso de Pintura na ESBAL, mas abandonou-o em 1956.

Iniciou o seu percurso com uma exposição coletiva em 1954, no Centro Nacional de Cultura. A sua primeira mostra individual aconteceu em 1955, no Clube Funchalense. Partiu para Munique em 1957, instalando-se depois em Paris. Em 1958 recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian que coincidiu com a fundação do grupo KWY, que se apresentou pela primeira vez em Lisboa, na SNBA, em 1960. Dos inúmeros trabalhos, destacamos “Lourdes Castro e Manuel Zimbro: a Luz da Sombra”, antologia realizada em Serralves, em 2010, e “O Grande Herbário de Sombras”, fototipia de cerca de 100 espécies botânicas da Madeira. Com Francisco Tropa representou Portugal na Bienal de São Paulo, em 1998, com a instalação “Peça”. Em 1995 é distinguida com a Medalha do Concelho Regional de Montrouge, Paris. Em 2004 é reconhecida com o Prémio CELPA/Vieira da Silva. Conquista o Prémio EDP em 2000 e, em 2010, é distinguida com o Prémio AICA. Em 2015, recebeu o Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes. Em 2020 é distinguida com a Medalha de Mérito Cultural (Ministério da Cultura), pelo seu contributo para a cultura portuguesa. Morre no Funchal, em 08 de janeiro de 2022.


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