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"Valorize, compre o que é nosso"

Museu Etnográfico da Madeira 10-05-2021 Turismo e Cultura
"Valorize, compre o que é nosso"

O Museu Etnográfico da Madeira tem aumentado o número de partilhas virtuais, que permitem manter o envolvimento com o seu público virtual, mas convida-vos, a TODOS, a visitarem o museu e conhecer o nosso património cultural, nomeadamente as várias peças de artesanato que fazem parte do seu acervo e estão expostas na nossa exposição permanente e, periodicamente, em diferentes exposições temporárias. 

O museu decidiu criar esta rubrica, “ARTESANATO MADEIRENSE – Valorize, compre o que é NOSSO”, procurando contribuir, desta forma, para a sua recuperação do artesanato, Através do nosso património, procuramos manter viva a nossa Identidade e alimentar a esperança, através da criatividade.

Através da partilha de obras de artesanato, de produção regional, o museu pretende dar a conhecer os artesãos madeirenses e incentivar a população em geral, a comprar o que é NOSSO. Esta semana, divulgamos o trabalho de Jaime Rodrigues que constrói miniaturas de barcos. 

Jaime Rodrigues, operador de máquinas, na Marina do Funchal, dedica-se, há alguns anos, à atividade artesanal de construção de miniaturas de barcos, à escala, atividade que desenvolve nos seus tempos livres, numa pequena oficina, improvisada na sua residência. Constrói miniaturas de navios atuais, como o "Lobo Martinho", usado no transporte diário de passageiros e carga, entre as ilhas da Madeira e Porto Santo, ou miniaturas de antigos "barcos de carga", utilizados, antigamente, no nosso arquipélago, no transporte designado de "cabotagem", tendo já construído, por exemplo, miniaturas do "Búteo" ou do "Maria Cristina". O "Maria Cristina" foi talvez um dos mais emblemáticos "barcos carreireiros", ou "barcos de carreira", como também eram chamados, que fizeram durante anos, o transporte de mercadorias e passageiros, entre as ilhas da Madeira e Porto Santo. Abasteciam o Porto Santo de tudo o que este necessitava, e transportavam para a Madeira, o que a ilha produzia, nomeadamente a cal, em sacas, ou as caixas de garrafas, da conhecida "Água do Porto Santo". Podemos ainda referir outras embarcações como o "Milano", o "Devoto Santíssimo" ou o "Arrriaga". Estas viagens, longas e arriscadas, neste tipo de embarcações, terminaram em finais dos anos 70, do século XX. Tratou-se de verdadeiras "Odisseias", passadas pelos barqueiros, para vencer o mar da chamada "travessa", com os barcos carregados de carga e passageiros, acomodados em difíceis condições, que ficam na História dos transportes do nosso arquipélago.


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