Falando durante a inauguração das obras de renovação do Centro de Monitorização e Controlo de Espectro da ANACOM, o governante colocou a tónica no sentido de garantir cobertura de rede para a plataforma continental portuguesa, que pode chegar em breve aos quatro milhões de metros quadrados, a sexta maior do mundo.
O presidente do Governo Regional diz essa plataforma é a maior riqueza futura do País e que Portugal tem de a aproveitar, mas para tal será necessário traçar um caminho direito para a economia digital.
«Toda a Economia vai ser digitalizada. Esta é uma Economia que não fica dependente do posicionamento geográfico de um País. Portugal pode ganhar competitividade e ter as mesmas condições de exercer a sua atividade económica, estando na periferia ou na ilha», recordou.
Mas, para tal, avisa, «é fundamental termos os acessos». «E esses acessos, hoje, são termos boas ligações, a preços acessíveis e fiáveis. Isso é essencial», destacou.
Segundo Miguel Albuquerque, é fundamental haver cobertura de rede que permita o funcionamento de sistemas integrados, como o da Proteção Civil, por exemplo na área das levadas, «fundamental para garantir monitorização dos incêndios e das aluviões ou pelo resgate de pessoas que se perdem ou têm acidentes nessas áreas».
Depois, destacou, a Madeira tem de ter igualmente cobertura de rede nas suas áreas de exercício de soberania, no âmbito da plataforma continental. «Estou a falar de uma área que vai ser fundamental para a captação de desenvolvimento científico para o Pais, nos próximos anos, que é a área de reserva das Selvagens. Será a base de estudo científico para o que se vai passar no mar, nos próximos anos», sublinhou.
O governante diz que será necessária cobertura de rede nessa área, porque «tudo vai funcionar com sensores, robótica aquática e subaquática, com a monitorização do aquecimento das águas marinhas e das plantas marinhas». «E também em termos de proteção naval e de segurança em toda essa área», acrescentou.
Miguel Albuquerque disse ainda estar empenhado, tal e qual o presidente da ANACOM, em consagrar o roaming como território nacional, como já acontece na generalidade da Europa