A identificação dos Núcleos Urbanos Consolidados, Tradicionalmente Existentes (NUCTE) está inserida num objetivo mais vasto do Governo Regional que passa por dotar a Região dos instrumentos normativos necessários ao exercício de administração e jurisdição do domínio público marítimo.
Os terrenos inseridos nos NUCTE constituem propriedade privada de acordo com a lei, mas para essa condição ser efetiva é preciso, antes demais, proceder à sua identificação e representação gráfica rigorosa.
Para o efeito foi constituída uma comissão de trabalho multidisciplinar, integrando competências de diversos domínios como a história, o urbanismo, o cadastro, a cartografia, o domínio hídrico, que identificou em cada aglomerado urbano um conjunto de características especificas comuns às “áreas centrais predominantemente ocupadas, contínuas, dotadas de equipamentos e características urbanas associadas à génese e identidade do aglomerado populacional”. Durante a apresentação pública, o diretor regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Manuel Ara Oliveira, realçou o facto de a Madeira ser a única região portuguesa que, até ao momento, regulou, operacionalizou e concretizou as especificidades reconhecidas às regiões autónomas pela Lei da Titularidade dos Recursos Hídricos, permitindo a resolução de problemas relevantes e do interesse da Região e dos madeirenses.
A exposição com a representação gráfica dos NUCTE ficará patente ao público no hall do edifício do Campo da Barca até ao próximo dia 27 de março.