" (...) O fado transporta-nos para o imaginário do destino, do fadário, quiçá, como refere o dicionário Priberam, Força superior que se crê controlar todos os acontecimentos. Mas será fadário que os alunos “conheçam o que têm de aprender no final de um dado período de tempo, que conheçam a situação em que se encontram quanto às aprendizagens que têm de desenvolver, que conheçam os esforços que têm de fazer para aprenderem o que está previsto e descrito nos documentos curriculares?” Afinal…é assim tão difícil transformar a avaliação num elemento fundamental da melhoria da aprendizagem das nossas crianças e alunos? É claro que também serve para fazermos um ponto de situação, acerca do que os alunos sabem e são capazes de fazer no final de uma unidade didática, por exemplo, enfim, e não terão os resultados desta avaliação, também, fins formativos? Porque será que confundimos tanto a função administrativa de classificar com a função pedagógica de avaliar? Impõe-se, pois, um novo olhar para o processo avaliativo dos alunos, numa dimensão que se não esgote na classificação e certificação, mas que promova a melhoria das aprendizagens. Deixo ao leitor destas páginas esta pequena reflexão e todas as outras que porventura surgirão e recorro ao desenho a lápis de cor de Vinícius de Moraes em Aquarela, quando ele mergulha no imaginário Infantil mais puro, onde em “cinco ou seis retas”, é “fácil fazer um castelo” e com “um simples compasso, num círculo” se faz “o mundo”!" Editorial.