A anoneira (Annona cherimola Mill.) é nativa dos vales das terras altas da Cordilheira dos Andes, mas adaptou-se facilmente à Ilha da Madeira, dadas as condições edafoclimáticas altamente favoráveis. Embora disseminados por toda a Região, os pomares estão localizados maioritariamente nos concelhos de Santana, Machico, Santa Cruz e Funchal, ocupando cerca de 117 hectares, um valor que se mantém estável desde 2019, com uma produção estimada em 2023 de 800 toneladas.
A Anona da Madeira é reconhecida pela União Europeia desde 2000 como Denominação de Origem Protegida (DOP), um estatuto que a identifica no espaço europeu pela sua excelência e atributos diferenciadores.
Com um gosto próprio, único e inconfundível, a anona é bastante completa em termos nutricionais, sendo rica em vitamina C, vitaminas do grupo B, em minerais, nomeadamente fósforo, ferro, magnésio, potássio e cálcio e em hidratos de carbono, especialmente a frutose, e é uma excelente fonte de fibra dietética, destacando-se as fibras insolúveis.
E isto a propósito da realização da 33.ª Exposição Regional da Anona nos dias 17 e 18 de fevereiro, na freguesia do Faial, um evento organizado pela Casa do Povo local, em parceria com a Comissão de Agricultores e com o apoio da Secretaria Regional de Agricultura e Ambiente, através da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Com o objetivo de promover a valorização da anona regional, o evento constitui uma oportunidade para a partilha de experiências e conhecimentos, bem como para a dinamização do comércio local.
Este fim de semana, aproveite e vá ao Faial!