A estes números, que totalizam um investimento público superior a 3.3 M€, somam-se mais 40.020 plantas, distribuídas por 32 hectares, tendo em conta os projetos já aprovados e que serão executados nos próximos anos. Para além da arborização nas áreas de gestão pública, a secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, Susana Prada lembra que «a Região Autónoma da Madeira também conta com a iniciativa privada, através de projetos aprovados ao abrigo de programas comunitários, nomeadamente o PRODERAM, a maioria dos quais comparticipados a 100%, e que representam já mais de 23 milhões de investimento, já concretizado ou em vias de concretização na floresta, nos últimos 5 anos, com o propósito de recuperar o potencial silvícola das áreas intervencionadas».
Com esta parceria entre gestão pública e privada, pretende-se uma floresta mais resiliente ao fogo através de uma correta gestão florestal, assente na limpeza dos terrenos, na erradicação e na plantação de espécies folhosas e indígenas. Estas medidas, ajudam, também, a prevenir as aluviões, uma vez que, como sabemos, a vegetação trava a erosão do solo, para além de contribuir para aumentar as disponibilidades hídricas, incrementando a captação e a infiltração de água, nomeadamente, através do nevoeiro (precipitação oculta).
Para todo este trabalho de arborização, os viveiros florestais constituem a base de todo o processo de arborização, na medida em que colmatam a necessidade de plantas inerentes ao processo de florestação. A adequada e racional produção de plantas naqueles espaços é, no âmbito de uma coerente política florestal, um pilar basilar para o sucesso da mesma. As unidades de produção sob responsabilidade do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, em número de cinco (Salões no Porto Santo, Pico das Pedras em Santana, Santa no Porto Moniz, Casa Velha no Santo da Serra e Matur em Machico), são espaços destinados à produção de plantas que serão utilizados nos trabalhos de arborização e de retanchas, nos adensamentos de povoamentos já existentes e em ações de utilidade ornamental. Estes atuam no mercado com o objetivo de produzir plantas em qualidade e número suficiente para responder às solicitações por parte de entidades públicas e privadas.