A Direção Regional do Arquivo e
Biblioteca Pública da Madeira, tutelada pelo
Governo Regional, assinala a Semana Internacional de Educação Artística, que
decorre até 31 de maio, disponibilizando online, o acervo documental e
bibliográfico relacionado com o tema da Música.
Numa época mais restrita no contacto presencial com o público, o Arquivo volta
a optar pelos conteúdos virtuais. Assim, a página institucional poderá
ser consultada, para aceder a monografias, fotografias e documentos originais,
entre outras sugestões dedicadas a esta temática. https://abm.madeira.gov.pt/pt/educacao_artistica_musica/
Inseridas nesta temática, estão
disponíveis online, imagens captadas por um dos maiores fotógrafos amadores
madeirenses, Joaquim Augusto de Sousa.
Nasceu a 6 de março de 1853 no Funchal. Enquanto
frequentava o Liceu Nacional do Funchal terá editado, em 1872, o primeiro álbum
de fotografias da Madeira. Presume-se que tenha continuado a fotografar de
forma intensa, visto que na década de 1880 recebeu várias medalhas e menções
honrosas pelos seus trabalhos fotográficos. Embora seja considerado um dos
principais fotógrafos amadores da Madeira, Joaquim Augusto de Sousa teve uma
breve incursão na exploração de um estúdio profissional de fotografia que
terminou em 1892. Em 1901 acompanhou a visita dos reis de Portugal à Madeira.
Joaquim Augusto de Sousa foi um dos maiores fotógrafos amadores da sua geração
e uma personalidade reconhecida e admirada pela sociedade madeirense. Faleceu a
18 de novembro de 1905, tendo sucumbido a febre tifoide, segundo as notícias da
sua morte nos periódicos madeirenses “Heraldo da Madeira” e “O Diário do
Comércio”.
O Arquivo reúne fotografias da autoria e acumuladas por
Joaquim Augusto de Sousa e pelos seus descendentes entre a década de 1870 e a
década de 1950. Embora se trate de um arquivo fotográfico de um fotógrafo
amador, este possui não só uma grande dimensão física – 1709 imagens – como
também uma enorme diversidade de temas/objetos fotografados, onde se destaca a
série de retratos de músicos e bandas filarmónicas.
Recorde-se
que desde dezembro de 2019, o “Arquivo e Biblioteca Pública da Madeira “integra
a Rede de Bibliotecas Associadas à Comissão Nacional da UNESCO (CNU). A
inclusão neste grupo exclusivo de bibliotecas tem por objetivo encorajar estes
espaços a realizar atividades em domínios da UNESCO, como a promoção dos
direitos humanos, da paz, da diversidade cultural e do diálogo intercultural, a
proteção do ambiente e a luta contra o analfabetismo, entre outros.
https://www.unescoportugal.mne.pt/pt/redes-unesco/bibliotecas-associadas-a-cnu
Com a
entrada na Rede, a Biblioteca Pública da Madeira pretende continuar a sua ação
junto do público, alargando o leque de iniciativas às áreas trabalhadas
anualmente pela Comissão Nacional.
Para o
Secretário Regional de Turismo e Cultura, o percurso histórico do Arquivo e
Biblioteca Pública da Madeira, “dignifica a nossa Região Autónoma, na
salvaguarda e valorização da herança documental. Há uma preocupação de colocar
disponível e acessível a todos, um património histórico riquíssimo e que
continua a aumentar, mercê das doações não só institucionais, mas de privados.
A newsletter, facultada mensalmente, proporciona a toda a população, o acesso a
este património, dinamizando e fomentando a pesquisa através de uma plataforma
credível e de confiança, no caso, o Arquivo e Biblioteca Pública da Madeira”.