Miguel Albuquerque, que está hoje, na Assembleia Legislativa da Madeira, a participar no debate sobre o estado da Economia regional, exemplifica a retoma económica da Região com os números da nossa atividade mais relevante, o turismo – «cujas empresas e trabalhadores foram fortemente apoiadas de modo a poderem mitigar os grandes constrangimentos de 2020 e parte de 2021» - que se reergueu de modo notável.
«Não necessito de os enunciar. Os números, quer de passageiros entrados, quer de voos, quer de ocupação de quartos, falam por si e superam, mês após mês, resultados obtidos em períodos anteriores», enfatizou.
O líder madeirense recordou o forte compromisso deste executivo para com o objetivo de conseguir mais uma companhia a operar regularmente, de e para a Madeira, sublinhando que o mesmo foi bem-sucedido: «ainda na semana passada foi assinalado um ano de operação da Irlandesa Rayanair, que proporcionou mais 10 rotas diretas com a Madeira e acima de 350 mil lugares».
A par deste esforço desenvolvido, «para reposicionar a Madeira como um destino seguro, confiável, organizado e bem preparado para lidar com a adversidade», também foi realizado «trabalho em outras áreas que, direta ou indiretamente, começaram a ter ou terão maior impacto na economia regional».
«É o caso da reserva integral das Selvagens, que recentemente foi alargada, transformando-se na maior com estas caraterísticas no Atlântico Norte. O seu potencial para alavancar turismo científico, atividades de investigação em diferentes áreas relacionadas com a economia do mar é enorme», destacou.
Também esta aposta, acrescentou, nos ajudará «na diversificação da nossa pequena economia e trará novas oportunidades ligadas às novas tecnologias, à robótica, à exploração oceânica e à monitorização das alterações climáticas».
Miguel Albuquerque refere que «estas são apostas numa nova economia, que o país tem de assumir de uma vez por todas como a sua oportunidade no século XXI e para a qual a Madeira está a dar o seu contributo, com ações consistentes, assertivas e de forte envolvimento com o que de melhor e mais avançado se faz no Mundo».
O governante lembrou ainda a aposta feita «numa comunicação positiva com potenciais nichos de atividade que pudessem ver na Madeira, um local adequado para trabalharem e desenvolver parte do seu trabalho feito remotamente».
Com isso, releva, atraiu-se «milhares de trabalhadores digitais que contribuíram para as nossas economias locais, consumiram, adquiriram alojamentos, deram a conhecer ainda mais a Madeira e chamaram outros para aqui virem experienciar a ilha».
«Fomos proativos, quando outros ainda tentavam perceber a diferença entre discutir a espuma dos dias e construir - com criatividade, recrutando os melhores e desenvolvendo uma estratégia – verdadeiras novas áreas de atividade até aqui inexistentes», disse ainda, com alvo bem definido.
O governante diz que a Região incentivou as suas empresas tecnológicas «a crescerem, a fixarem os jovens licenciados que a nossa universidade forma e a atraírem outros a se fixarem na ilha».