O secretário regional da Saúde instado a comentar a greve nacional dos médicos, considerou não ter havido diálogo suficiente entre o Ministério da Saúde, a Ordem e os sindicatos, lamentando que isso tivesse conduzido os médicos a uma greve, pois “no caso da saúde só deve ser usada em última instância” afirmou.
Pedro Ramos mostra-se, todavia confiante “numa nova curva de diálogo”entre as partes, que permita atingir “pontos de colaboração e consenso”, que proporcionem as condições de trabalho adequadas a todos, não só médicos, como enfermeiros e todos os que trabalham nos serviço de saúde.
O secretário regional da Saúde disse ainda “ser urgente olhar com muita atenção para essas condições de trabalho no nosso país”, porque a sua missão é a “qualidade e a segurança dos cuidados de saúde e afirmou que o diálogo evita “a agudização das situações”.
Nesta greve estão em causa reivindicações como a limitação do trabalho suplementar a 150 horas anuais, em vez das atuais 200, a imposição de um limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e a diminuição do número de utentes por médico de família. Os sindicatos também querem a reposição do pagamento de 100% das horas extra, que recebem desde 2012 com um corte de 50%.