O presidente do Governo Regional falava nesta tarde, na cerimónia de entrega de Bolsas de Mérito a Alunos do Ensino Superior, que se candidataram este ano à universidade e obtiveram classificação de candidatura igual ou superior a 180 pontos.
Numa sessão que decorreu no salão nobre do Governo Regional e que contou com a presença de alunos e seus familiares, mas também de representantes das escolas, para além do secretário da Educação, Jorge Carvalho, Miguel Albuquerque fez questão de cumprimentar todos os presentes, sublinhando ser um grande prazer e uma grande honra, para ele, estar naquela cerimónia.
«Em primeiro lugar, porque esta é uma cerimónia que reconhece o mérito e o reconhecimento do mérito é algo que a nossa Sociedade tem de, reiteradamente, ir fazendo. Porque o esforço, no sentido da autodisciplina, da determinação, do trabalho dos indivíduos quando alcançam os seus objetivos, tem de ser recompensado e agradecido. A ideia de uma Sociedade onde o mérito não é reconhecido conduz inevitavelmente à mediocridade», defendeu.
Neste sentido, falou em «uma cerimónia simbólica, mas que espelha, de uma certa maneira, um conjunto de valores que nós devemos cultivar na nossa vivência coletiva».
«O primeiro é o de que as pessoas que trabalham para alcançar um conjunto de objetivos e o conseguem devem ser reconhecidas. Porque essa ideia de reconhecer todos na mesma bitola não é consentânea com o progresso social», reforçou.
Mas, para além dos alunos, a cerimónia é também o reconhecimento «do trabalho, da dedicação e do esforço de uma classe que na Madeira é valorizada, de uma classe que na Madeira é prestigiada, que é a dos professores».
«Nas pessoas dos presidentes dos conselhos executivos de escolas aqui presentes, quero mais uma vez, em meu nome e do Governo, agradecer o trabalho dos nossos professores ao longo de vários decénios, desde a conquista da Autonomia. Em 1976 tínhamos os maiores índices de analfabetismo. Uma tragédia que finalmente conseguimos ultrapassar, devido ao empenho de muitos, mas sobretudo dos professores», recordou.
Na sua intervenção, o líder madeirense realçou também que tudo aquilo que a humanidade tem alcançado deve-se ao progresso, à ciência e à razão, salientando que «a Ciência e a Criatividade têm de ser estimuladas nas escolas, na nossa sociedade».
Neste sentido, fez questão de dar os parabéns aos alunos de mérito, mas também estender o louvor às suas famílias, «porque o meio familiar tem muito a ver com a forma como eles alcançaram estes altos desempenhos».
«Dizer ainda que estes alunos são exemplo para as novas gerações da Madeira e que nós estamos aqui, exatamente, para trabalhar, independentemente do horizonte temporal, para as gerações futuras», asseverou.
Miguel Albuquerque sublinhou que «a política e os políticos trabalham muito como é natural, para os chamados ciclos eleitorais». Mas, «quando estamos a falar de sectores como a Educação, estamos a falar de uma área que é transversal e atravessa os diversos ciclos». «É preciso fazer aquilo que se chama de trabalhar e tomar decisões a médio prazo», defendeu.
«Estes alunos são um paradigma de excelência para a Madeira e para aquilo que pretendemos para o futuro. Tenho muito orgulho em termos alcançado, também aqui, convosco, índices de desempenho que são notáveis em qualquer região do mundo», concluiu.
Recorde-se que as bolsas de mérito são atribuídas aos três estudantes de cada curso do ensino secundário, com melhores notas de candidatura, de acordo com a seguinte distribuição: a) Ciências e Tecnologias; b) Ciências Socioeconómicas; c) Artes Visuais; d) Línguas e Humanidades; e) Cursos das Vias Profissionalizantes.
Premeia alunos que se candidataram à Bolsa de Mérito e que obtiveram classificação de candidatura igual ou superior a 180 pontos.
As bolsas de mérito têm os valores de 1.000,00€ (melhor nota de candidatura), 750,00€ (2ª melhor nota) e 500,00€ (3ª melhor nota).