Neste sentido, adiantou que é uma das principais prioridades a continuidade do esforço substancial para reduzir a dívida pública, «porque é uma canga sobre a administração regional e porque essas verbas sobrantes permitirão libertar recursos e aplica-los de forma ainda mais eficiente».
«A RAM tem, neste momento, um rácio entre a dívida pública em função PIB, inferior não só à nacional como até à média europeia. Em 2022, era 88,9% é a da Madeira, 96% na União Europeia e 113 a nacional. E poderia ser ainda menor não fosse a COVID e termos de pedido um empréstimo 458 milhões de euros», lembrou.
Segundo Miguel Albuquerque, é este o percurso que temos de seguir: reduzir progressivamente o peso da dívida pública na Região Autónoma da Madeira.
O governante disse que outra grande aposta, também para ter continuidade, é a da redução da carga fiscal, ao nível do IRS, do IRC e da Derrama. «A Madeira tem, neste momento, uma carga fiscal de 28% do seu PIB, Portugal tem carga fiscal de 36,4%», acentuou.
A terceira grande aposta é a da diversificação da economia e da opção clara pelas Tecnológicas, até para contrariar obstáculos que sempre contrariam a evolução madeirense, como a ultraperiferia, a economia de escala e os transportes.
«Queremos apostar cada vez mais na qualidade do Turismo, mas diminuindo a nossa dependência do sector, que é um sector que está sempre condicionado pelos fatores exógenos, apostando em força nas novas tecnologias como opção de crescimento económico», explicou.
A propósito recordou que «no ano passado, o Imobiliário proporcionou uma receita de 241 milhões de euros e o Turismo de 528 milhões de euros, enquanto as Tecnológicas, resultados de 2021, já deram 521 milhões de euros».
Desta forma, rematou: «Este é o caminho que queremos seguir. Com a benesse de termos uma taxa de desemprego bastante baixa, a mais baixa em 14 anos e meio».