Os trabalhos foram conduzidos pelo diretor do matutino, Ricardo Oliveira, e contou igualmente com a presença virtual do ex-secretário de Estado do Turismo e administrador de PortoBay, Bernardo Trindade, e do diretor do hotel Quintinha de São João, e ex-presidente da delegação regional da Madeira da Ordem dos Economistas, André Barreto.
Ao usar da palavra, Eduardo Jesus teve oportunidade de falar dos apoios existentes a nível nacional e regional para o setor, que reconheceu darem conforto, mas que serão insuficientes.
Além disso, insistiu na importância de os apoios necessitarem de ser a fundo perdido, como acontece na Madeira, e não como empréstimos, para substituir as não receitas das empresas. Entende que há que deitar uma boia para salvar quem está aflito.
Referiu-se ainda ao regresso à atividade onde a grande incógnita surge com as companhias aéreas, das quais o destino Madeira depende 100% para trazer os turistas para a Região, pelo que há que encontrar soluções.
Por isso mesmo, referiu o trabalho que tem vindo a fazer, com um diálogo permanente com os players do setor, onde, por maioria de razão, se encontram as companhias aéreas, as quais Eduardo Jesus sublinha que terão de contar com o apoio internacional porque, quando começarem a operar, vão fazê-lo com baixas ocupações.
Realçou ainda a atitude da TAP em adequar-se às pretensões da Madeira, nesta fase, mesmo antes de outras entidades o compreenderem.
Quanto à abertura plena do Aeroporto da Madeira, o Secretário Regional disse que vai depender das origens, de terem ou não casos ativos, por melhor trabalho que se faça na Região.
Disse ainda que, dada a alteração que a crise atual está provocar em todo o setor, houve que “começar de novo e analisar o mercado e a realidade em que nos encontramos. Temos de ouvir e aprender. Temos um plano de investimento que estava adequado a uma circunstância e, agora, tem de ser adaptado. Temos de conhecer a realidade e antes desta crise pensávamos apostar nos EUA, Brasil, Canadá e, agora, temos de transpor este esforço para os nossos mercados tradicionais, tentando perceber como se encontram no momento”.
A concluir referiu que todos fomos colocados à prova com este enorme desafio, para nos tornarmos mais resistentes e resilientes, e para conseguirmos dar a volta ao momento em que vivemos.