Criada pelo Decreto Regulamentar Regional n.º 7/2020/M, que aprova a orgânica da Secretaria Regional de Turismo e Cultura (SRTC), à DRABM foram cometidas atribuições no âmbito dos arquivos e das bibliotecas, da divulgação cultural e da investigação da história insular.
Este é um serviço executivo da SRTC que sucede ao Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira e centraliza funções de arquivo histórico da RAM, de arquivo definitivo da administração pública regional e de biblioteca pública regional, integrando ainda o Centro de Estudos de História do Atlântico – Alberto Vieira. Tem por missão salvaguardar e divulgar o património documental e bibliográfico da RAM, assegurar a memória contínua da sua administração, incentivar a difusão do livro e da leitura e promover o conhecimento e a investigação científica da história da Região no quadro do espaço atlântico.
As origens da DRABM remontam ao ano de 1931 e à fundação do Arquivo Distrital do Funchal, cujo primeiro diretor foi João Cabral do Nascimento. Regionalizado em 1980, este Arquivo passa a estar sob tutela da Direção Regional dos Assuntos Culturais e a designar-se de Arquivo Regional da Madeira. Um ano antes e sob a mesma tutela, havia sido criada a Biblioteca de Documentação Contemporânea, beneficiária do Depósito Legal de publicações desde 1982 e origem da Biblioteca Pública Regional, instituída em 2003. Em 2016 ambas as instituições se fundem no Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira.
A DRABM custodia um acervo diversificado e em constante crescimento, em virtude das incorporações de arquivos e dos ingressos ao abrigo do Depósito Legal, que ascende a mais de 22 km lineares de documentos. Na componente de arquivo, este acervo consubstancia a memória documental da Região desde os primórdios do povoamento do arquipélago no século XV, num universo arquivístico que se divide entre aquivos públicos e privados e se reparte ainda por uma apreciável diversidade de tipologias e suportes – dos documentos produzidos pelas administrações, aos arquivos familiares ou pessoais, dos manuscritos aos documentos iconográficos e à fotografia, do pergaminho e do papel, aos suportes analógicos ou digitais . Na componente de biblioteca, computam-se mais de meio milhão de espécies bibliográficas, entre monografias e publicações periódicas, incluindo uma vasta coleção histórica de jornais madeirenses e um fundo de livro antigo com espécies que remontam ao séc. XV. Uma parte significativa do acervo encontra-se acessível por via digital nas plataformas de pesquisa de arquivos e bibliotecas disponíveis no sítio web do ABM.