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«Queremos transformar a Madeira numa grande centralidade tecnológica”

Miguel Albuquerque quer transformar a Madeira numa centralidade tecnológica, capaz de atrair os grandes investidores, as grandes empresas tecnológicas, aproveitando a transição para a economia digital. 05-07-2022 Presidência
«Queremos transformar a Madeira numa grande centralidade tecnológica”

O presidente do Governo Regional falava, ao início da tarde desta terça-feira, 5 de julho de 2022, no auditório do Museu Casa da Luz, onde decorreu uma conferência, promovida pela Amazon Web Service, sobre as vantagens da tecnologia cloud para a inovação e a competitividade das empresas e da administração pública, incluindo uma mesa-redonda com especialistas, que abordaram as vantagens tecnológicas nos negócios.

O líder madeirense lembrou, aos empresários e especialistas na área da Tecnologia presentes, que a Região Autónoma da Madeira é, hoje, um dos pontos do país onde a transição digital está mais avançada.

«Nós iniciámos um trabalho, muito importante, já há bastantes anos, com a StartUp Madeira e com a Secretaria da Educação. É preciso lembrar que a transição digital começou, ao nível das escolas, na Madeira. Fomos a primeira Região do País a adotar os manuais digitais, as salas do futuro, a robótica, os sensores e os kits de ciência», sublinhou.

O grande passo que está agora a ser dado pela Região, realçou Miguel Albuquerque é o de «criar um ecossistema para o estabelecimento, aqui na Madeira, das empresas digitais e condições para que a transição digital ocorra com muita rapidez».

«É evidente que, como já tenho dito, do ponto de vista estratégico, a transição para a economia digital é a oportunidade histórica da Madeira se inserir nos mercados globais», reforçou.

Porque, explicou aos presentes na conferência, «não depende da operação física e esta era extremamente desvantajosa, numa economia tradicional, para a Região Autónoma». Porque, acrescentou, «nós estamos na ultraperiferia da Europa, estamos fora dos grandes centros em termos de inserção física nos mercados e isso foi, durante séculos, uma grande desvantagem».

A juntar à ultraperiferia, havia ainda um outro grande obstáculo: a questão da escala, ou seja uma Região pequena, num país pequeno, sem grande estrutura industrial e com grande dificuldade em intensificar essa estrutura industrial, precisamente por não ter escala de mercado, que implicaria sempre uma produção com custos muito elevados.

Miguel Albuquerque juntou ainda um outro óbice: os custos muito elevados de transporte, que oneravam também toda a inserção da Região no mercado.

«Agora, pela primeira vez na história, temos a oportunidade de abarcar um mercado de sete mil milhões de pessoas, sem termos os problemas dos custos de contexto, os problemas do distanciamento físico, sem termos o ónus do transporte de bens», relevou.

Neste sentido, afirma que «a economia digital é uma grande oportunidade para assumir, aqui, na ultraperiferia, uma centralidade tecnológica». «Essa centralidade tecnológica, hoje em dia,

pode estar no centro de Berlim, de Londres, de Paris ou na Madeira, desde que se tenha boas conexões», recordou.

O governante fez ainda questão de agradecer à Amazon a realização da conferência e a colaboração que vai dar à Madeira.

«Acho que temos aqui já um ecossistema digital com grandes empresários. E estou aberto a novas experiências e sobretudo a uma nova economia, que é muito melhor para a Madeira. A tecnologia e a Ciência são sempre a base do avanço da Humanidade», concluiu


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