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Madeira vai continuar a se abrir ao Futuro

Europa cometeu dois grandes erros 24-10-2022 Presidência
Madeira vai continuar a se abrir ao Futuro

Miguel Albuquerque diz que a Europa está a pagar por dois grandes erros, um cometido pela Alemanha, o outro pelo Banco Central Europeu. O primeiro é mais antigo e consistiu, explicou o presidente do Governo Regional, na teimosia alemã de se colocar e à generalidade dos países europeus à mercê de um estado totalitário, a Rússia, na área energética. «O adiamento do mercado único energético na Europa foi e continua a ser um erro estratégico», defendeu.

O segundo erro prende-se com o atraso de um ano do Banco Central Europeu na aplicação de medidas de controlo da inflação

O líder madeirense falava no Teatro Municipal Baltazar Dias, no âmbito do “Encontro Fora da Caixa”, iniciativa promovida pela Caixa Geral de Depósitos. Entrevistado por Rosália Amorim, diretora do Diário de Notícias, Miguel Albuquerque abordou as perspetivas de crescimento ou sobrevivência para Portugal em 2023, tendo ainda respondido a várias questões sobre a atualidade regional e acerca dos desafios que se colocam à Madeira.

O chefe do Executivo madeirense explicou que a economia da Madeira é uma economia aberta, lembrando que quando se fechou entrou sempre em regressão.

O governante considerou também que a Madeira continua atrativa, sobretudo nos setores turístico e do imobiliário. E, a propósito do turismo, realça o esforço que a Região está a fazer para diversificar os seus mercados, com uma forte aposta no mercado norte-americano.

Entre várias questões de âmbito nacional e internacional, Miguel Albuquerque colocou a tónica em situações de iniquidade e de injustiça dos cidadãos da Madeira e dos Açores relativamente às do Continente.

«As ajudas do Estado à Região não chegam aos 16 por cento, o que é manifestamente insuficiente para fazer face aos compromissos regionais. Todos os anos, as transferências para as regiões autónomas são cada vez menores», critica. E voltou a defender a revisão urgente da Lei das Finanças Regionais.

Porque, neste momento, quem salva a Região é a União Europeia e os seus apoios, face ao incumprimento das obrigações de coesão social e dos princípios constitucionais por parte do Estado para com as suas regiões autónomas.

Miguel Albuquerque disse ainda que os deputados eleitos pela Madeira vão votar o OE consoante a posição nacional do partido.

O líder madeirense considerou ainda que é necessário ao País fazer uma aposta consistente e coerente numa indústria de valor acrescentado.

«Se olharmos para a situação do país, temos geração qualificada, pelo que tem de haver uma forte aposta na área digital, até de modo a responder cabalmente à transição digital em curso, que está a avançar de uma forma avassaladora», preconizou.

O presidente do Governo Regional considera ainda necessário uma clarificação das perspetivas económicas do Governo da República para 2023.

A concluir, voltou a defender uma aposta forte e determinada na cativação, para a Madeira, das empresas tecnológicas, objetivo para o qual o Centro Internacional de Negócios da Madeira e a sua atratividade fiscal podem ser cruciais.

E ainda teve tempo para se recusar a comentar questões que se destinam a desviar os portugueses do que é fundamental – referindo-se a uma eventual candidatura de Pedro Passos Coelho à Presidência da República – sublinhando que o essencial é se discutir o que Portugal pretende para o futuro e como o vai enfrentar.


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