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Porto de Recreio da Calheta encerrado para obras de contenção do talude sobranceiro

Esta necessidade de encerramento radica da elevada perigosidade das operações de desmonte dos blocos rochosos em risco de queda. A obra teve o seu inicio adiado, exactamente para não coincidir com o período do Natal e de forma a não prejudicar tão significativamente os diversos estabelecimentos comerciais afectados. 08-01-2019 Equipamentos e Infraestruturas
Porto de Recreio da Calheta encerrado para obras de contenção do talude sobranceiro

No próximo dia 14 de janeiro de 2019 terão início os trabalhos no reforço das estruturas de contenção do talude sobranceiro ao Porto de Recreio da Calheta, uma intervenção que obrigará ao encerramento ao trânsito, bem como dos estabelecimentos comerciais existentes naquela zona, por um período de três meses. 

A Sociedade Ponta Oeste foi já contactada e por sua vez já comunicou ao concessionário da Marina. 

A obra teve o seu inicio adiado, exactamente para não coincidir com o período do Natal e de forma a não prejudicar tão significativamente os diversos estabelecimentos comerciais afectados.

Esta necessidade de encerramento radica da elevada perigosidade das operações de desmonte dos blocos rochosos em risco de queda. 

Esta situação também ocorreu na primeira intervenção, inclusive com a necessidade de afastar algumas embarcações, operação que nesta fase em principio não será necessária. Está em causa a segurança de pessoas e quando assim é não deverá haver contemplações, sendo que os estabelecimentos afectados serão devidamente indemnizados pelo período de inactividade. 

A execução desta empreitada, que compreende a realização de todos os trabalhos necessários ao reforço das estruturas de contenção do talude sobranceiro ao porto de recreio da Calheta, visa assegurar a efetiva proteção contra a queda de blocos e de derrocadas da escarpa, e ainda, dentro do possível, que estes permitam um maior controlo da erosão das camadas mais brandas e friáveis, de modo a atenuar a formação de consolas nas escoadas basálticas mais resistentes.
Os trabalhos a realizar consistem fundamentalmente no reforço das redes metálicas existentes (e que foram colocadas há 14 anos) ao longo da zona superior  e no limite oeste da zona inferior desde a antiga ER101-9, com a aplicação de uma nova rede metálica de cabos de aço, que implicará necessariamente a colocação de uma nova malha de pregagens (com menor afastamento) associada a uma nova grelha de cabos de aço e, na sequência disso, a desativação das atuais pregagens e grelhas de cabos de aço que se encontram danificadas e deformadas, não impedindo por isso a queda de materiais e de partes de bancadas rochosas quer da zona superior quer da parte central. 

Refira-se que também das faixas laterais da escarpa, que não foram alvo de quaisquer trabalhos de estabilização, continuaram ao longo destes anos a desprender-se materiais rochosos e terrosos para a ER101-9 e para o porto de recreio.

É neste contexto que surge a grande necessidade de execução do projeto em referência, pois trata-se efetivamente de uma zona que apresenta sérios riscos de instabilização, conforme se verificou no verão de 2016, não podendo ser de forma alguma descurado o facto de estarmos perante uma enorme escarpa, sobranceira a uma zona com relevância económica, designadamente na área do turismo, restauração e lazer, e, por essa razão, com expressiva importância na economia local e, na economia da Ilha.
Torna-se absolutamente necessário implementar um estrutural e eficaz conjunto de medidas de estabilização e contenção de uma relevante área de um talude que oferece sérios riscos, tendo em vista assegurar que toda a escarpa estar efetivamente protegida contra a queda de blocos e de derrocadas, e ainda, dentro do possível, que os ditos blocos permitam um maior controlo da erosão das camadas mais brandas e friáveis atenuando assim a formação de consolas nas escoadas basálticas mais resistentes.
Assim, esta operação contribuirá a prevenção de acidentes graves e catástrofes, na medida em que permitirá uma decisiva atenuação da vulnerabilidade de uma área claramente exposta a um elevado grau de risco em termos de movimentos de massas em vertentes, causado pela erosão dos solos, contribuindo desse modo para o reforço da proteção de pessoas e bens na zona interessada, que nesta data e desde há alguns anos estão irremediavelmente expostos ao perigo que aquela escarpa lhes proporciona.

De salientar, por fim, que esta obra foi adjudicada por 4,6 milhões de euros.

 


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