Miguel Albuquerque disse hoje que o projeto de educação artística nas escolas madeirenses não só é para ter continuidade como, inclusive, é para chegar ainda mais longe.
O presidente do Governo Regional falava hoje, durante a apresentação de um livro que assinala os 40 anos de Educação Artística nas escolas da Região, em cerimónia que decorreu no salão nobre do Governo.
O novo projeto editorial é da Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia, através do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, Eng.º Luiz Peter Clode, e denomina-se “Democratização da Educação Artística - Antologia de Estudos sobre o caso da Região Autónoma da Madeira”. A obra é da autoria de Carlos Gonçalves, Natalina Cristóvão e Paulo Esteireiro e está integrada na “Coleção Contributos e Ideias para a Educação Artística”.
Hoje, o líder madeirense fez questão de elogiar o livro, bem como a iniciativa de se reconhecer quem trabalhou anteriormente no projeto, sublinhando que o reconhecimento é algo que temos de cultivar. «Dou-vos os parabéns por incluírem neste livro os nomes de todos aqueles que contribuíram para o sucesso deste projeto (educação artística nas escolas)», disse.
O governante disse ainda ser muito importante concretizar nas sociedades e nas iniciativas políticas projetos de médio e longo prazo. «Estes ultrapassam normalmente o tempo de exercício das nossas funções e os tempos de legislatura. É fundamental percebermos que a nossa sociedade precisa de decisões que têm como horizonte o médio e longo prazo e não apenas o imediato e aquilo que é consumido, aquilo que é descartável», defendeu.
Miguel Albuquerque lembra que este projeto, datado de 1980, foi um projeto pioneiro em Portugal, porque nessa altura «a educação artística era algo que era residual, num contexto onde a Educação ainda era parcial».
«Foi uma decisão muito sábia e que deu os seus frutos», realçou.
O presidente do Governo Regional lembra que hoje o espírito criativo do ser humano é cada vez mais exigido e no futuro ainda o será mais. «A criatividade será o valor acrescentado em todas as atividades», sublinhou
E, acrescentou, «a Educação Artística é fundamental para que isso aconteça»
Para além deste estímulo à criatividade, a Arte, complementou o seu raciocínio, junta os humanos. «A Arte é linguagem universal, que une as pessoas», relevou.
Miguel Albuquerque diz que não foi ele que iniciou o projeto da Educação Artística nas escolas, mas garante que vai dar-lhe continuidade, até porque acha que «é dos melhores projetos que foram desenvolvidos na Região, graças à Autonomia, que nos garante a margem necessária para as nossas decisões, para os nossos projetos».
O líder madeirense fez questão de agradeceu «a todos os que trabalharam, durante todos estes anos, neste grande objetivo de serviço público da Região, que é o de conferir aos nossos jovens uma educação artística que vem complementar o currículo formal da Educação».
E acrescentou ainda que «este é um projeto que não vai refrear». «Vai continuar, para bem da Madeira e das futuras gerações da Madeira», prometeu.