Face à redução de quase 1.000 inscritos, o número de desempregados no final de abril só encontra paralelo se recuarmos até 2009, ano de início da última grande crise financeira.
Comparativamente a abril de 2021, contam-se menos 7.108 desempregados na RAM, o que corresponde a um decréscimo de 35,2%.
A RAM, relativamente ao mês anterior, apresenta a segunda descida mais acentuada (-6,9%) de entre todas as regiões, apenas atrás do Algarve (-19,7%). Todas as outras regiões apresentam descidas moderadas, sendo os Açores a que menos desce (-0,9%).
Comparativamente ao mês homólogo, todas as regiões registam descidas acentuadas. A RAM, uma vez mais, destaca-se com tendo a segunda descida mais vincada (-35,2%) de entre todas as regiões, atrás apenas do Algarve (-53,7%), numa descida bem mais significativa do que quando comparada com a média nacional
(-25,8%). A região dos Açores apresenta a diminuição mais reduzida (-9,4%).
Ao longo do mês de abril de 2022 inscreveram-se 665 novos desempregados na região, nível significativamente inferior ao mês anterior (-24,3%) e ao mês homólogo (-21,9%), prosseguindo a tendência de redução do número de novas inscrições que se verifica desde o início de 2021.
Na comparação com as demais regiões, destacam-se novamente a RAM (-24,3%) e o Algarve (-25,4%), num nível bastante superior ao do país (-10,1%). Estas regiões são as únicas que apresentam uma redução homóloga (-21,9% e -24,2%, respetivamente). Em sentido contrário, os Açores apresentam um aumento de 14,2% do número de novas inscrições ao longo do mês.
Todas as regiões registam menos ofertas em abril face a março. A RAM destaca-se com o maior aumento homólogo das ofertas recebidas ao longo do mês (+153,2%), seguida do Algarve (+49,6%) e dos Açores (+34,3%), com as demais regiões a apresentarem decréscimos, resultando numa variação nacional de -8,1%.
A RAM aumentou o número de colocações em abril (+1,8%), quando o Algarve e os Açores reduziram este indicador (-28,1% e -7,8%, respetivamente). Comparativamente ao mês homólogo a RAM e o Algarve destacam-se novamente das demais regiões (+91,0% e +121,0%, respetivamente) e da média nacional (+15,2%).
O número de inscritos diminuiu nos 3 setores de atividade económica, quer comparativamente ao mês homólogo, quer face ao mês anterior. Destacam-se as descidas homólogas nos setores da Indústria, energia, e água e construção (-33,4%) e dos Serviços (-36,0%).
O peso relativo do setor dos Serviços manteve-se inalterado, agregando no final de abril 82,3% dos que procuram um novo emprego. O Alojamento, restauração e similares é a área que mais contribui para o desemprego registado no mês de abril (2.323 desempregados), seguindo-se-lhe a área do Comércio por grosso e a retalho (2.216). A diferença entre estas duas áreas diminuiu, resultado da maior redução do número de inscritos no setor dos Serviços comparativamente ao mês de março de 2022 (-7,5% e -0,7%, respetivamente). Ambas as áreas registam diminuições homólogas acentuadas (-49,6% e -27,1%, respetivamente).
A Construção (1.106 desempregados) continua a ser a área que mais contribui para o desemprego proveniente do setor secundário, representando 9,2% do total do desemprego registado. Esta área de atividade regista diminuições, quer comparativamente ao mês homólogo (-36,5%), quer face ao mês anterior (-6,6%).
Face a março de 2022, o desemprego masculino diminuiu 8,1% (-505 desempregados), e o feminino diminuiu 6,0% (-471 desempregados). No final do mês de abril contam-se 5.737 (43,9%) homens desempregados e 7.343 (56,1%) mulheres desempregadas.
A nível da distribuição do número de desempregados por concelhos, salienta-se que no mês de abril todos os concelhos reduziram o número de inscritos. Comparativamente ao mês anterior, regista-se uma diminuição a 2 dígitos nos concelhos do Porto Santo (-23,4%) e do Porto Moniz (-10,3%).
O número de inscritos há menos de 1 ano diminuiu em 7,6% face a março de 2022, um ritmo ligeiramente superior ao valor global do desemprego. Comparativamente ao mês homólogo, quer o número de inscritos há menos de 1 ano, quer os inscritos de longa duração, diminuíram muito significativamente (-46,0% e -25,2%, respetivamente).
Face ao mês anterior, regista-se um menor número de candidatos, quer ao primeiro emprego (-165 inscritos), quer a novo emprego (-811).
O desemprego jovem (menos de 25 anos) regista descidas proporcionais mais elevadas do que as verificadas no desemprego global, quer face ao mês homólogo (-48,6%), quer comparativamente a março de 2022 (-11,6%). No final de abril os 1.394 jovens inscritos representam um peso relativo de 10,7% do total do desemprego registado.