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IA é fundamental em várias áreas mas será preciso regulamentá-la

Miguel Albuquerque diz que a Inteligência Artificial tem muitos aspetos positivos, mas também comporta fatores que importa ainda regulamentar. Neste sentido, entende ser necessário introduzir regras e regulamentos, no sentido de fazer com que a IA não seja um monopólio de uma elite ou de um conjunto de empresas, mas que esteja disponível em benefício de toda a gente. 15-06-2023 Presidência
IA é fundamental em várias áreas mas será preciso regulamentá-la

O presidente do Governo Regional, que falava na sessão de encerramento do Azure OpenAI Summit Madeira, evento promovido pela Microsoft Portugal, diz que essas regras terão de ser definidas pelos Estados ou por organizações interestaduais (como a União Europeia).

De resto, o líder madeirense salientou os muitos benefícios que a IA vai trazer, em áreas como a Medicina, as Alterações Climáticas, ou a Energia.

A Microsft Portugal e a IAMCP (International Association of Microsoft Channel Partners) juntaram-se na realização desta conferência, que vai já na sua terceira edição e na qual foram apresentados casos de sucesso em análise de dados e Inteligência Artificial, abordou-se o potencial da inovação com análise de dados e IA, traçou-se uma visão futura para a inovação na Madeira e debateram-se casos reais.

Aos jornalistas, o governante lembrou que a Região já utiliza a Inteligência Artificial nos serviços do Governo, para depois relevar a evolução tão acelerada da IA, «que agora começa a ser mensurada não em anos, mas em meses e daqui a dias em minutos».

Segundo Miguel Albuquerque renunciar à Inteligência Artificial é um luxo que nós não podemos ter. «É inevitável e vai reconfigurar o mundo».

Para contrapor aos riscos de eliminação de alguns empregos e de concentração monopolista, será necessário, frisa, uma cooperação entre as entidades ligadas à investigação e às empresas e as autoridades dos respetivos Estados, no sentido de ser estabelecida regulamentação. Porque, reconhece, «se a IA continuar a evoluir como está a evoluir, o que vai haver é a concentração num conjunto de empresas que têm o monopólio da IA, acabando com a concorrência e isso seria mau para a Sociedade».

No entanto, reforça que é preciso olhar mais para o aspeto positivo da IA, que «vem fazer com que a nossa capacidade de entender o mundo e encontrar soluções para os desafios da Humanidade seja muito mais eficaz e célere».

Soluções ao nível, por exemplo, da descodificação do genoma e das melhorias nos tratamentos médicos, nomeadamente em algumas doenças ligadas à longevidade, como a Parkinson ou a Alzheimer, «que vão ter soluções, que de outra forma não conseguiríamos».

A IA será ainda fundamental para encontrar outras formas de energia alternativa aos fósseis e para minimizar os impactos das alterações climáticas.

Miguel Albuquerque lembrou ainda que um dos principais centros de Inteligência Artificial do País está sediado em Santa Cruz. Já tem 80 pessoas a trabalhar e a ideia é chegar aos 300.

Por outro lado, reiterou a aplicação de verbas do PRR na área das tecnologias, entre as quais, a IA: «Como sabem, uma das apostas do Governo tem sido a digitalização da Economia e essa digitalização passa por uma aposta nas empresas tecnológicas. Segundo os dados de 2021 tínhamos 419 empresas tecnológicas na Madeira, cerca de dois mil profissionais e o volume de faturação era de 521 milhões de euros».


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