Este exercício, que já vai na sua 9.ª edição, pretende, essencialmente, exercitar e avaliar a capacidade de resposta do Exército, face à ocorrência de ciberataques de âmbito nacional e internacional, que podem escalar para uma crise no ciberespaço.
Contudo, tendo consciência que a eficácia das ações de defesa do ciberespaço depende, fundamentalmente, da atuação sinérgica e colaborativa da sociedade portuguesa, envolvendo não apenas a comunidade académica, os setores público e privado e a base industrial de Defesa, têm participado em edições anteriores do “Ciber Perseu” diversas entidades externas ao meio militar.
Em face da pandemia COVID-19, dos condicionalismos decorrentes dos esforços para a combater e cientes da importância que o exercício assume, foram reavaliados os objetivos e readaptada a fase de planeamento e execução inicialmente previstos. Sabendo que as instituições e empresas foram forçadas a implementar, num curto espaço de tempo, soluções de teletrabalho, o “Ciber Perseu” decorrerá na sua totalidade de forma não presencial, numa plataforma digital preparada para o efeito.
Assim, procurou-se assegurar às entidades convidadas a flexibilidade suficiente para participarem no LIVEX e em reuniões preparatórias no estrito cumprimento da matriz de regras definida pelas entidades de saúde nacionais.
A envolvência da Região nestes exercícios é de extrema importância, na medida em que contribui para o levantamento da capacidade de cibersegurança nacional e regional, ao mesmo tempo que reforça os laços de confiança e conhecimento da comunidade de cibersegurança e proporciona educação e treino para os especialistas, incrementando competências e reduzindo o impacto de ciberataques e de incidentes de proteção de dados.
Esta edição do “Ciber Perseu” será o primeiro desafio que a Direção Regional de Informática assume na nova configuração orgânica. Note-se que o vice-presidente do Governo Regional assumiu, recentemente, que a aposta na área das tecnologias e da transição digital é um dos instrumentos essenciais da estratégia de desenvolvimento no Plano de Resiliência e Recuperação, tornando-se determinante o reforço na cibersegurança das infraestruturas, sistemas e dados da administração pública regional, matérias sob a égide dos serviços de cibersegurança que foram criados no início desta semana.