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Radicalismos e populismos só se combatem com boa governação e o Estado Providência

Miguel Albuquerque aproveitou hoje as comemorações do Dia Nacional da Segurança Social para defender o Estado Social, de Providência, como a melhor forma de combater radicalismos e populismos. E acrescentando que só se consegue impedir uma sociedade polarizada e radicalizada se se governar bem 08-05-2023 Presidência
Radicalismos e populismos só se combatem com boa governação e o Estado Providência

O presidente do Governo Regional, que falava no Teatro Municipal Baltazar Dias, local onde se assinalou na Madeira o Dia Nacional da segurança Social, acrescentou ainda estar convencido de que «o grande desafio da sociedade madeirense é continuar a ter uma sociedade que não está radicalizada nem polarizada».

«E porque não o está? Porque aqui, na Madeira, governamos para a coesão social. Nós governamos para que todos se sintam ativos e participantes na gestão da “res publica”. Isto é fundamental!», sublinhou.

O líder madeirense lembra que «a partir do momento em que a família, o cidadão sente que não faz parte do todo coletivo, é aí começa a tomar atitudes de hostilização relativamente ao Sistema». «E o sistema democrático é um sistema que exige grande proximidade, constantemente, e uma grande pedagogia e moderação», recordou.

Para o governante, «as sociedades estratificadas, em que as famílias sentem que os seus descendentes não têm possibilidade de se realizar através seu trabalho, são sociedades bloqueadas, onde depois a fratura social tem repercussões sociais e políticas na estabilidade e na radicalização».

Segundo o líder madeirense, «é muito mais fácil ser radical, até porque dá mais repercussão no instagram e no Facebook, dá uma primeira página», mas é preciso ter em conta de que

«todos os sistemas europeus foram construídos através do princípio da moderação, do diálogo e da partilha da informação entre os governantes e os governados».

A forma de combater esses populismos, salientou, «não é estigmatizá-los, é governar bem e ter políticas de mobilidade social, de coesão social, onde os cidadãos sintam que não estão postos de lado nas próprias dinâmicas da integração».

«Isso passa por ter bons governos, com um bom serviço nacional de Saúde, com uma boa Educação pública, o que não é incompatível com o ensino privado nem com a medicina privada, e com bons sistemas de apoio para a velhice, para a infância, para os cidadãos mais vulneráveis e para as famílias em caso de infortúnio», explicou.

Para Miguel Albuquerque, «os grandes desafios do Estado Providência, hoje, é adequar as proteções do Estado à nova dinâmica da Economia». E isso exige «políticos que saibam governar e enfrentar esses desafios, garantindo sustentabilidade aos sistemas de apoio e garantindo que os sistemas estão adaptados à nova realidade da nova Economia».

Nesse sentido, quis agradecer aos técnicos, funcionários da Segurança Social e das IPSS e a todos os que colaboram na realização do Estado Social aqui na Região: «um muito obrigado!». «Um muito obrigado pelo trabalho que têm realizado ao longo de todos estes anos, um muito obrigado pela forma atenta, empenhada e dedicada como se têm empenhado na realização do Estado Social na Região e também na humanização dos nossos serviços», complementou.

O presidente do Governo Regional lembrou ainda que, na Região, o RSI tem os números mais baixos, o desemprego está com os números mais baixos, mas acrescenta que «isso não implica que, no quadro das políticas gerais, não tenhamos um conjunto de apoios próprios da Região, que passam pelo Orçamento Regional».

«É o caso do Complemento Regional para os Idosos, onde gastámos mais de 4 milhões de euros, é o caso de um conjunto de medidas que estamos a plicar através do PROAGES e que abarca já um conjunto de classe média que é importante ajudar. E há ainda um sistema a montante, que é muito importante para ajudar as famílias, com a redução dos impostos», enumerou.

A este respeito, recordou que mais de 80% das famílias, na Madeira, têm, neste momento, uma devolução de rendimentos, pela via fiscal». «O mesmo se aplica às empresas, onde o diferencial é de 30% relativamente ao continente. Isto significa uma devolução de rendimentos na ordem dos 95,8 milhões de euros»», acentuou.


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