Avaliar a sustentabilidade das Instituições Particulares de Solidariedade Social, acompanhar o trabalho que é feito na região e partilhar os desafios atuais que as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) enfrentam, foram alguns dos tópicos que estiveram em cima da mesa, na reunião que decorreu ontem entre os representantes da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS) e a Secretária Regional de Inclusão e Juventude, Ana Sousa.
A reunião decorreu no auditório da Secretaria de Inclusão e Juventude e foi uma boa oportunidade para, segundo a Secretária Regional, “definir rumos e estratégias para o futuro da região. Cientes da importância fundamental que as IPSS têm no dia-a-dia das pessoas que delas necessitam, sentimos que esta reunião faz todo o sentido para que possamos acertar e melhorar a cooperação com estas instituições, na ótica de fazer ainda mais e melhor. Temos uma relação de profunda e estreita cooperação com as IPSS e o máximo respeito pelo trabalho desenvolvido diariamente na proteção e ação social que desenvolvem que prestam junto da população”.
Foram ainda abordadas algumas das medidas mais recentes que mostram o trabalho que tem sido desenvolvido. Ciente da importância estratégica deste setor, Ana Sousa relembrou que - em parceria com a AIPES - Associação de Investigação e Promoção da Economia Social – “o Governo Regional apresentou o mapeamento, com georreferenciação, das Entidades de Economia Social, para que haja maior conhecimento do verdadeiro trabalho que é feito por estas instituições e porque é importante centralizar a informação para que se possa ter uma dimensão ainda mais aprofundada sobre o impacto que o Terceiro Setor tem na sociedade e na sua conjuntura económica”.
Por último, a Secretária Regional agradeceu a presença dos representantes da CNIS e mostrou-se disponível para cooperar no que for necessário em prol do desenvolvimento de propostas que visem o crescimento e o empoderamento deste setor (Terceiro Setor) que tem vindo a crescer cada vez mais”.
“A Madeira tem práticas muito boas na área da inclusão que podem e devem ser replicadas por todo o país”, Presidente da CNIS, Padre Lino Maia
Presente na reunião, o Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) desde 2006, teceu rasgados elogios ao trabalho de cooperação entre o Governo Regional e as IPSS, referindo-se, principalmente, à questão da sustentabilidade das instituições. O representante máximo da CNIS referiu que “na Madeira, a questão da sustentabilidade não se coloca com tanta gravidade como no território continental”.
“Enquanto que no continente as IPSS vêem-se confrontadas com sérias dificuldades porque a cooperação e comparticipação do estado é menor, na Madeira o problema da sustentabilidade não é tão grave, na medida que há uma aproximação real entre do Governo Regional aos custos que as Instituições enfrentam. Obviamente que as Instituições têm as suas dificuldades mas não são tão acentuadas como no continente”, referiu o Presidente da CNIS, enaltecendo ainda, “o trabalho válido na área da deficiência. A Madeira tem práticas muito boas na área da inclusão que podem e devem ser replicadas por todo o país”.