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Valor do pescado continua a valorizar com a cavala a atingir subida recorde

Sete das espécies de peixe mais consumido na Região confirmaram no mês de Maio a tendência de valorização do preço na primeira venda em lota. 15-06-2022 Mar e Pescas
Valor do pescado continua a valorizar com a cavala a atingir subida recorde

Esta tendência de crescimento começou em Janeiro de 2021, muito antes da subida do preço dos combustíveis e da invasão da Ucrânia pela Rússia, com o atum patudo a atingir uma valorização na ordem dos 22%, na comparação do período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Maio de 2021 e igual espaço de tempo em 2022.

 

Um mês depois, dados recolhidos pela direção de serviços de Lotas e Entrepostos Frigoríficos da secretaria regional de Mar e Pescas confirmam a tendência de valorização do atum patudo, atum rabil, peixe-espada, cavala, chicharro, lapa e as denominadas espécies de peixe fino.

 

De entre as espécies com melhor rendimento para os pescadores, a cavala destaca-se de todas as outras, com um valor recorde de 156,33%, no período em análise, de 1 de Janeiro a 31 de Maio de 2021 e 1 de Janeiro a 31 de Maio de 2022.

 

De realçar que os pescadores da ruama, onde se inclui a cavala, são dos que têm reconhecidamente menor rendimento em toda a fileira de pesca da Região, com rendimentos que, na maioria dos casos, não atinge sequer o salário mínimo.

 

A seguir à cavala, está o peixe agulha com uma valorização de 85,19%. Segue-se o atum rabilho (mais 55,46%), a lapa (mais 39,04%), o peixe-espada (mais 29,85%), o chicharro (mais 14,52%) e o peixe fino (mais 11,00%).

 

Pese embora a valorização das espécies referidas, quando se inclui na equação todas as espécies descarregadas em lota, a valorização geral desce dos 23,20% para os 15,00%, o que revela uma descida superior a 8% no valor global do pescado.

 

Cavala com mais saída

 

Recorde-se que recentemente o secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, atendendo ao fraco rendimento dos pescadores da ruama e múltiplas vezes sensibilizado para esse problema, procurou uma solução entre pescadores, armadores e empresas que operam no mercado, visando uma valorização do preço da ruama e a garantia de escoamento do produto, o que já está a acontecer com a exportação do excedente do produto para fora da Região, depois de garantido o abastecimento necessário ao consumo regional. Esta solução poderá explicar a valorização de um produto que se está a tornar gourmet.

Assim, a solução encontrada por Teófilo Cunha para melhorar o baixo rendimento dos pescadores da ruama poderá explicar a valorização da cavala.


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