Miguel Albuquerque disse que hoje é um dia muito bom para a Madeira. Porque foi dado passo fundamental para a investigação científica do cancro, que se pretende fazer na Região, através do Centro Internacional de Investigação no Cancro da Madeira
O presidente do Governo Regional falava durante a cerimónia de assinatura do protocolo para a criação do Centro Internacional de Investigação no Cancro da Madeira (CIIC-Madeira), que decorreu na manhã deste dia 17 de maio, no salão nobre do Governo Regional.
Um projeto em parceria entre o Governo Regional, a Universidade da Madeira e o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, liderado pelo prof. Manuel Sobrinho Simões, que esteve presente no evento e que foi profusamente elogiado por Miguel Albuquerque, que lembrou ser o investigador português um dos mais conceituados e proeminentes patologistas na área do diagnóstico e investigação em cancro, tento mesmo sido eleito, em 2015, o patologista mais influente do mundo.
Na ocasião, Miguel Albuquerque lembrou que 30 investigadores já começaram a trabalhar. No Centro e que, inclusive, «há já um conjunto de investigações que estão a ser desenvolvidas, no
quadro dos objetivos do Centro de Investigação no Cancro da Madeira, e com parcerias internacionais já estabelecidas e que já estão em execução».
O líder madeirense anunciou ainda que será constituída a associação, que depois será patrocinada, parte com dinheiros do Governo Regional, parte com o dinheiro de mecenas privados.
E, neste âmbito, fez questão de agradecer, «pelo sentido cívico e pelo sentido de cidadania», ao conjunto de empresários madeirenses que aceitaram ser Mecenas num projeto que, nesta fase inicial, implicará gastos na ordem do milhão de euros por ano, mas que depois obrigará a investimentos muito superiores, até de modo a garantir a fixação e o vínculo dos investigadores ao Centro durante cinco anos.
Até porque, conforme explicou o governante, a Madeira pretende fixar aqui investigadores e estabelecer parcerias internacionais com as mais prestigiadas instituições no mundo, nesta área de investigação.
«Esta é uma oportunidade única de a Madeira se colocar no topo ao nível do campo das ciências e da investigação na Saúde. Não só pelo prestígio que o prof. Dr. Sobrinho Simões e da instituição que lidera – e que é das mais prestigiadas a nível mundial – mas também pelo know-how científico que vai trazer e o efeito que isso terá nos próprios centros de investigação da Universidade da Madeira Por exemplo, o Centro de Química da Madeira vai colaborar connosco», acrescentou.
Este Centro será para inserir, futuramente, na área de investigação do novo Hospital Central e Universitário da Madeira, mas por enquanto ficará sediado no Hospital Dr. Nélio Mendonça.
Miguel Albuquerque fez ainda questão de sublinhar que os resultados da investigação que aqui se fizerem não serão só para a Madeira, serão para ser divulgados internacionalmente, em todo o mundo.
Desta forma, afirma considerar este dia um dia muito bom para a Madeira. E continuou: «Estou convencido que vamos criar aqui um grande centro de investigação internacional, com a colaboração de todos os nossos 30 investigadores e com as parcerias que vamos estabelecer! Esta é uma oportunidade única de colocarmos a Madeira no mapa do conhecimento científico e tecnológico no mundo!».
Neste sentido, afirmou estar 200% empenhado neste Centro e garante que vai “dar ao pedal”, ou seja, vai «fazer de tudo para que este centro seja um dos centros mais importantes da Europa na área da investigação do cancro».
Miguel Albuquerque deixou ainda palavras de elogio à Universidade da Madeira, que se está a transformar no hub de referência do desenvolvimento e do cosmopolitismo madeirenses, garantindo que a cooperação entre Governo e o estabelecimento será para continuar e para reforçar.