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Vigilância e controlo vetorial são prioridade para prevenir doenças como a Dengue

O sistema de vigilância implementado na região é um sistema integrado, considerando a vigilância epidemiológica, a identificação de fatores de risco e a vigilância entomológica. 27-02-2024 Saúde e Proteção Civil
Vigilância e controlo vetorial são prioridade para prevenir doenças como a Dengue

As doenças transmitidas por vetores são um problema emergente de Saúde Pública em todo o mundo. O aumento da mobilidade de pessoas, bens e animais, assim como, as alterações climáticas, são fatores que contribuem para a expansão de vetores invasores e consequente aumento do risco de doenças por eles transmitidas.

 

Os culicídeos, comumente designados por mosquitos, incluem a espécie Aedes aegypti, que está estabelecida na Madeira desde 2005 e que, quando infetada, pode transmitir dengue, chikungunya, Zika e febre-amarela.

 

Foram três os casos de dengue foram diagnosticados na RAM desde 2022, todos importados de países da América do Sul e África. Contudo, é crescente o número de casos e de surtos na Europa, designadamente na França, Itália e Espanha.

 

A implementação de estratégias de prevenção e controlo de doenças potencialmente transmitidas por este vetor tem sido uma prioridade regional, seguindo as recomendações internacionais, sendo de destacar o reforço da vigilância integrada e a aplicação de medidas de prevenção e controlo vetorial.

 

O sistema de vigilância implementado na região é um sistema integrado, considerando a vigilância epidemiológica, a identificação de fatores de risco e a vigilância entomológica.

 

No que respeita à vigilância epidemiológica, esta é baseada em dados clínicos e laboratoriais, que permitem a rápida identificação e o reporte de casos de doença transmitida por Aedes aegyti. A consulta do viajante tem aqui um papel muito importante, quer na educação para a prevenção, quer para a deteção precoce de sintomas durante ou após uma viagem para países com surtos de doenças transmitida por este vetor (saiba mais em: https://encurtador.com.br/jDFRS).

 

Esta vigilância permite confirmar que, à data, não existem casos autóctones de doença transmitidas pelo mosquito Aedes aegyti na Madeira. Permite ainda identificar e notificar casos importados de doença, que são naturalmente controlados. No que respeita à vigilância entomológica, esta focada no vetor, pressupõe principalmente a monitorização da positividade, densidade e distribuição geográfica do mosquito Aedes aegypti, fazendo-se ainda a identificação de novos invasores e a pesquisa de agentes patogénicos (vírus) no mosquito (em articulação com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge). Neste campo, monitorizam-se ainda dados climatológicos, com o apoio do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

 

A vigilância entomológica é utilizada para monitorizar a distribuição geográfica e densidade do mosquito Aedes Aegyti e obter valores indicativos da população deste vetor ao longo do tempo, e desta forma, identificar períodos e zonas de atividade crítica, apoiar a decisão sobre as intervenções e avaliar o impacto das ações de controlo e desinfestação.

 

As metodologias de vigilância e monitorização do vetor adotadas pela DRS consistem na deteção de mosquitos através de armadilhas de ovos (Ovitraps), num total de 211, e através de armadilhas de adultos (BG-traps), num total de 28, distribuídas por toda a região.

 

São mais de 20 os técnicos superiores da DRS afetos às atividades de vigilância e controlo vetorial e ao processamento e análise de dados com recurso a sistemas de informação geográfica, que atuam nos vários concelhos da região, com a colaboração das autarquias, cujos recursos apoiam e reforçam o trabalho efetuado. Além das recolhas de amostras diárias, semanalmente, são produzidos cerca de 53 boletins entomológicos e realizadas em média cerca de 16 ações de prospeção e controlo, em resposta novas positividades ou aumento da densidade.

 

Além do recurso a 32 armadilhas de captura “em massa” de mosquitos (BG-GAT2), a eliminação de criadouros é a base do controlo vetorial na nossa região e a sensibilização da nossa população para a implementação de medidas de prevenção complementa o trabalho de controlo vetorial implementado pela DRS.

 

Na área da comunicação, o Gabinete de apoio à Comunicação e Literacia para a Saúde desenvolve campanhas de educação e sensibilização. Realça-se a campanha em curso designada PREmosquito: Prevenir | Reconhecer |Eliminar.

 

Saiba mais em: https://encurtador.com.br/iowNY


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