O acordo acontece na sequência do procedimento público, limitado por prévia qualificação para a “Aquisição de Serviços de Consultoria e Assessoria para Elaboração, Planificação, Execução e Conclusão ao processo de certificação da Madeira, em concordância com os critérios Globais de Turismo Sustentável pelo Global Sustainable Tourism Council (GSTC), como Destino Sustentável, pelo valor de 160 mil euros (+ IVA).
O processo que terá a duração de 18 meses, abrange a auscultação dos stakeholders, ações de formação, estudo de competitividade do Destino Madeira, entre outras iniciativas, culminando na auditoria ao destino pela “EarthCheck”, uma entidade reconhecida para certificação de destinos turísticos pelo GSTC, uma organização internacional, independente que estabelece e gere a nível mundial padrões globais de sustentabilidade, conhecidos como os critérios GSTC, definidos para construir uma base de entendimento comum do que é o turismo sustentável.
Estes critérios de sustentabilidade para Destinos, ou GSTC-D, estão organizados em quatro temas chave, concretamente: gestão sustentável, impactos socioeconómicos, impactos culturais e impactos ambientais, cujo cumprimento de cada um deles dependerá do vasto conjunto de indicadores de desempenho que deverão refletir e caracterizar a realidade do destino.
O Secretário Regional de Turismo e Cultura releva a importância do processo que a Região iniciou, desenvolvido pela Direção Regional do Turismo, por intermédio da sua recente Direção de Serviços de Qualificação Turística, “o qual envolverá diferentes stakeholders públicos e privados, transversais na atividade turística , visando o desenvolvimento de uma cultura de sustentabilidade, elevando o Destino Madeira para um importante patamar que ao mesmo tempo será uma excelente oportunidade de visibilidade não só para a Região como também para todos os agentes do setor”.
Eduardo Jesus acentua que esta certificação, “além de valorizar a Região Autónoma da Madeira no seu todo, o que, per si, já é muito importante pelo relevo que o turismo representa na economia insular, vem fortalecer o trabalho que estamos a desenvolver, desde julho do ano passado, em certificar individualmente empresas e entidades privadas e públicas do setor nas Boas Práticas na Gestão dos Riscos Biológicos, que, no seu todo, constituem um contributo significativo e distintivo para elas próprias e para o destino Madeira”.
Critérios de sustentabilidade para Destinos
Alguns dos objetivos de utilização dos Critérios para Destinos GSTC servem de base para a certificação de sustentabilidade bem como linha de orientação base para destinos que pretendem tornar-se mais sustentáveis.
Além disso preconizam ajudar os consumidores a identificar destinos turísticos sustentáveis fidedignos e a servir como um denominador comum para meios de comunicação reconhecerem destinos e informarem o público sobre a sua sustentabilidade.
Por outro lado, os critérios visam apoiar referenciais de certificação e outros programas voluntários para destinos turísticos a garantir que os seus padrões estão de acordo com uma norma base amplamente reconhecida, assim como fornecer a programas governamentais, não-governamentais e do setor privado um ponto de partida para o desenvolvimento de requisitos de turismo sustentável.
Finalmente, os GSTC-D pretendem igualmente servir de referência para instituições de ensino e formação, como escolas de turismo e hotelaria e universidades e demonstrar liderança que inspire outros atores a seguir o mesmo caminho.