“Da Madeira ao Hawaii” é o novo projeto da Secretaria Regional de Turismo e Cultura com início marcado para este mês de outubro, em que se assinala o Dia Mundial da Música.
Trata-se de um projeto que acompanha o ano letivo, decorre até junho de 2022 nos museus tutelados pela referida secretaria, abrangendo vários concelhos da Região e direcionado para as escolas, Casas do Povo, universidade sénior e comunidade local.
Será a Torre do Capitão - Núcleo Histórico e Museológico de Santo Amaro a acolher a estreia do projeto no dia 7 deste mês, às 10h00. O momento musical é protagonizado pelo músico e musicólogo Vítor Sardinha, percorre o repertório do Rajão, através do tempo (o período renascentista, barroco e clássico), a Música Tradicional Madeirense e o repertório do cancioneiro americano (do swing jazz à música de dança do séc. XX).
A ideia é tocar para quem visita, construindo em fundo, uma banda sonora. Um segundo momento desta presença nos museus, é dedicado à dinamização cultural através dos ateliers musicais dirigidos aos 1.º e 2.º e 3º ciclos, secundário e universidade sénior.
Em declarações ao DN, o Secretário Regional de Turismo e Cultura sublinha que “os nossos espaços são colocados à disposição das escolas e demais interessados em conhecer o percurso deste instrumento tradicional através das atuações curtas do musicólogo Vitor Sardinha, responsável também pela dinamização dos ateliers. Com esta iniciativa ‘Da Madeira ao Hawaii- Uma viagem única’, queremos abranger maior número de participantes, proporcionar aos nossos jovens dos vários graus de ensino e à comunidade sénior, o conhecimento de um instrumento musical que marca a história da Região. São medidas concretas, que vão permitir, pela via da investigação e da dinamização, a promoção e divulgação do nosso património musical. O governo continua a disponibilizar os seus espaços com o objetivo de aumentar a oferta cultural e descentralizar a cultura”,
Eduardo Jesus recorda que “o Rajão reflete uma vivência cultural, seja a nível da arquitetura do instrumento, da afinação ou da geografia da sua prática musical. Construído e ensinado na Região, sabemos que foi através da emigração da Madeira para as distantes ilhas do Havai, em 1879, que se desenvolveu outra vertente do instrumento, localmente conhecida por Ukulele. Nos meses que duraram essa longa viagem de barco, os emigrantes contratados para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar, levaram consigo enquanto companheiros de viagem, os três cordofones tradicionais do arquipélago: Braguinha, Rajão e Viola de Arame”.
Mais refere o governante que os espaços e centros culturais da Secretaria Regional de Turismo e Cultura “têm sido palco de concertos online e presenciais num total de 57 concertos com 74 músicos promovidos pela nossa secretaria. A somar a estes números, foram apoiados 150 artistas em 30 eventos online e presenciais”.
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