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Espaços comerciais reabertos mas batalha ainda não está ganha

O comércio vai reabrir e a cerca sanitária de Câmara de Lobos vai acabar. Mas tudo, conforme enfatizou Miguel Albuquerque, com regras e com respeito pelas normas de distanciamento social e de uso da máscara. Porque, «a batalha ainda não está ganha!». 30-04-2020 Presidência
Espaços comerciais reabertos mas batalha ainda não está ganha

Miguel Albuquerque acaba de anunciar a abertura de espaços comerciais e serviços, com exceção de restaurantes, cafés e bares, que vão permanecer encerradas, assim como ginásios. A medida tem efeitos a partir das zero horas do dia 4 de maio.

O presidente do Governo Regional anunciou ainda a abertura de centros comerciais, segundo regras rígidas, sublinhando que estas medidas de desconfinamento serão avaliadas semanalmente. E anunciou que as escolas continuarão fechadas na Região, em maio.

Quanto às creches e jardins de infância deverão abrir em junho, se tudo correr bem, conforme explicou, até lá.

Falando na Quinta Vigia, via Skype, o líder madeirense anunciou ainda que a cerca sanitária de Câmara de Lobos terminará às zero horas do dia 3 de maio, tal e qual estava previsto. O governante aproveitou para elogiar a forma como a população daquela freguesia se tem portado.

E aproveitou para acentuar que «a cerca sanitária, que termina no dia 3, permitiu controlar uma situação que se não fosse tomada a tempo teria consequências catastróficas a nível local e regional».

O presidente do Governo Regional lembrou ainda que, até à data, a RAM, graças às medidas atempadas e ao comportamento exemplar da nossa população, tem conseguido controlar a situação. Mas, atenção, sublinhou, «a batalha ainda não está ganha».

Miguel Albuquerque recordou que a Madeira tem 34 casos por 100 mil pessoas, números que a tornam numa das regiões com menos casos. E sem óbitos, até agora. Mas, frisou, isso não é sinal para se embandeirar em arco, recordando o que se passou com Singapura ou Macau.

Desconfinamento, enalteceu, «não significa relaxamentos nos comportamentos ou exposição desnecessária». «Implica, pelo contrário, maior atenção e controlo da população, maior colaboração e respeito pelo distanciamento social, pelo cumprimento das normas, pelo uso de máscaras», acrescentou, recordando que os ajuntamentos continuam proibidos e que as deslocações só se devem efetuar quando mesmo necessárias.

Quanto ao comércio, destacou que às 00h de segunda-feira, o comércio em geral e a prestação de serviços ao público poderão retomar atividade. Mas, avisou que, por exemplo, no caso de cabeleireiros, será em função de marcações atempadas.

No entanto, ficam sujeitos a uma série de regras de segurança, entre as quais a obrigatoriedade do uso de máscara para quem presta serviço e para os clientes no interior dos espaços comerciais e a adoção de medidas de higiene e desinfeção de todos os equipamentos.

Por outro lado, as entidades patronais e empresários, deverão garantir o controlo da temperatura corporal duas vezes por dia.

Refira-se que todos os estabelecimentos comerciais limitados a um terço da sua capacidade. E haverá manutenção obrigatória das regras de distanciamento social.

Miguel Albuquerque lembrou ainda que essa reabertura da atividade comercial, terá, obrigatoriamente, de ser feita de forma progressiva, até porque «há um conjunto de procedimentos e medidas de controle e desinfeção e de monitorização que têm de ser introduzidas».

Por outro lado, nos centros comerciais, para além destas regras, sublinhe-se que a circulação será muito condicionada. E estarão limitados a uma pessoa por cada 25 metros quadrados. Todos os funcionários terão de medir a temperatura.

Reiterando que o desconfinamento não significa um abrandamento, Miguel Albuquerque disse que todas estas normas serão acompanhadas pelas autoridades.

Questionado pela Comunicação Social, anunciou ainda a manutenção da quarentena obrigatória a todos os passageiros que cheguem ao aeroporto da Madeira. E o porto do Funchal continuará encerrado.

Miguel Albuquerque defendeu ainda não ver ilegalidade na medição da temperatura aos trabalhadores, realçando que primeiro do que tudo está a saúde pública.

Miguel Albuquerque disse ainda que, na próxima semana, será avaliada a par e passo a evolução da pandemia na Região. «Se a evolução se revelar desfavorável, não hesitaremos um momento em tomar as medidas para assegurar a sua reversão. Se a evolução se mostrar favorável, haverá novas medidas de desconfinamento», disse.

Continuam proibidas as visitas aos lares e mantém-se a quarentena obrigatória, bem como o apelo ao uso da máscara.

Miguel Albuquerque disse ainda que o Rali Vinho Madeira não foi cancelado, mas que não existe ainda qualquer data para a sua realização. Mas, disse estar em cima da mesa o seu adiamento.

Quanto à Função Pública, estima que dentro de duas semanas poderá ser retomado o trabalho presencial.

 

Por outro lado, admitiu que as praias e os complexos balneários possam abrir dentro de algumas semanas, mas sempre dependente da evolução da pandemia e das medidas que possam ser tomadas para evitar contágios.

Quanto às missas, continuam sem autorização, mas admite que essa seja situação a rever já na próxima semana.

Miguel Albuquerque anunciou ainda que os autocarros vão passar a funcionar com 50% da capacidade e com uso obrigatório de máscara.

Interpelado sobre as medidas de apoio às empresas, disse que já tinham sido apresentadas mais de 2.400 candidaturas à linha de crédito de 100 milhões de euros, ou seja, cerca de 76 milhões de euros estão já a ser ponderados. 90% das candidaturas são de pequenas e médias empresas, até 10 trabalhadores. 60 empresas são do Porto Santo.

O presidente do Governo Regional assegurou ainda que se as universidades abrirem, o que, diz, não está ainda decidido, haverá forma de colocar no território continental os universitários madeirenses.



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