O presidente do Governo Regional não entende porque é que não se permite às pessoas votarem a partir de casa.
Miguel Albuquerque assume-se defensor do voto eletrónico, frisando não ser admissível, nos dias de hoje, o ritual do voto presencial.
Miguel Albuquerque, que falava à margem de uma visita que fez hoje a uma empresa de imobiliário no Funchal, assume estar preocupado com a questão do isolamento dos casos positivos e de contactos próximos, que pode fazer subir imenso a abstenção nas eleições.
«À boa maneira portuguesa será tudo decidido em cima da hora…. Estão a ouvir os constitucionalistas, os pseudo constitucionalistas, enfim toda aquela parafernália de gente que emite opiniões no Pais…. E nada anda para a frente!», perspetivou.
O governante diz que ainda estamos à espera que se decida quais os procedimentos que têm de ser tomados, no sentido de, garantindo a salvaguarda da Saúde Pública, as pessoas poderem exercer cabalmente o seu direito de voto.
«Um país que se está sempre a gabar da transição digital já deveria ter resolvido esta situação. Não faz nenhum sentido nós continuarmos a fazer o ato de voto como no século XIX», criticou.
Segundo Miguel Albuquerque, «as pessoas poderiam e deveriam votar hoje a partir das suas casas…». E complementou o raciocínio: «Hoje, já quase toda a gente tem acesso a instrumentos digitais, a computadores. Porque não se faz o voto digital? Qual é o problema? Porque haveremos de manter um ritual que não é dos dias de hoje…».
O líder madeirense diz que «temos de evoluir e aproveitar o potencial que existe nesta área, no sentido de facilitar a vida às pessoas».