O presidente do Governo Regional falava, na manhã desta sexta-feira, durante uma visita que fez ao terreno onde a “CORTEL” irá construir um prédio habitacional com 48 fogos, nas imediações do “Madeira Shopping”.
O governante salientou ser um grande prazer estar ali, num ato que assinala a retoma da habitação cooperativa na Madeira, garantindo que «o Governo vai apoiar a habitação cooperativa de corpo e alma», até porque «tem a perfeita noção que nós, hoje, temos de enfrentar as consequências do nosso sucesso económico».
«O valor PIB, em 2022, vai ser o mais alto de sempre na Madeira. A Madeira é atrativa, tem crescido economicamente e recebido residentes estrangeiros. O que levou a que o valor das transações imobiliárias na Madeira, até setembro, atingisse o número de 660 milhões de euros. Ainda não são conhecidos os números de até final do ano», explicou.
Esta grande procura de casa, atendendo às leis da oferta e da procura do mercado, fez com que os preços das casas tivessem uma subida. A esta maior procura alisou-se o custo dos materiais da Construção Civil, que subiu imenso, em consequência da crise pandémica, mas também da guerra da Ucrânia.
A inflação, lembrou ainda, associada a estes dois fatores, fez com que os preços das casas tivessem subido e continuem a subir na RAM.
«O desafio é encontrarmos uma oferta de habitação, para a classe média e para os jovens casais, de qualidade e que venha satisfazer, em termos de preço, o rendimento médio dos casais na Região Autónoma da Madeira. Como é que isso se faz? Através de diversos programas!», sublinhou.
Em primeiro lugar, lembrou, é preciso aporveitar – e a Região está a fazê-lo – «as verbas do PRR para utilização e para garantir a acessibilidade a habitação por parte da classe média e, sobretudo de jovens casais».
«Neste momento, temos em construção 533 fogos e ainda mais, através dos privados, 270. Em todos os concelhos da Região! Isso faz com que, no regime de renda acessível, os casais que vão habitar nessas habitações paguem uma renda em função do seu rendimento e, ao fim de seis anos, possam converter essa renda em prestação para a aquisição da casa», recorda.
A cooperativa Cortel vai construir prédio com 48 apartamentos nas proximidades do Madeira Shopping, em Santo António.
O ‘Residências Cortel’, assim se chama o prédio hoje visitado por Miguel Albuquerque, é um empreendimento exclusivamente residencial, composto por 48 apartamentos, sendo 18 de tipologia T1, 24 T2 e 6 T3, com respetivos estacionamentos e arrecadações.
A cooperativa CORTEL foi criada em 1987, na altura no seio da empresa CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal, a qual veio posteriormente dar origem às companhias Correios de Portugal, MEO e NOS.
Ao longo das mais de três décadas de existência, a cooperativa construiu algumas centenas de habitações destinados aos seus cooperantes, em diferentes empreendimentos localizados no concelho do Funchal e em Porto Santo.