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As inspeções-gerais da educação fazem ouvir a sua voz

Artigo da School Education Gateway, Plataforma digital europeia para a educação escolar a propósito do projeto Better Inspection for Better Social Inclusion As escolas estão sujeitas a muitos tipos diferentes de avaliação - interna ou externa, por meio da observação das aulas ou da análise de documentos, mas o objetivo final é sempre a tomada de decisões informadas em todos os quadrantes para ajudar a planear melhorias. Este artigo apresenta uma iniciativa internacional e três iniciativas naci 21-11-2020 Inspeção Regional Educação
As inspeções-gerais da educação fazem ouvir a sua voz

As escolas estão sujeitas a muitos tipos diferentes de avaliação - interna ou externa, por meio da observação das aulas ou da análise de documentos, mas o objetivo final é sempre a tomada de decisões informadas em todos os quadrantes para ajudar a planear melhorias. Este artigo apresenta uma iniciativa internacional e três iniciativas nacionais que constituem exemplos bem-sucedidos de garantia de qualidade.

As inspeções-gerais de educação fazem ouvir a sua voz

As escolas estão sujeitas a muitos tipos diferentes de avaliação - interna ou externa, por meio da observação das aulas ou da análise de documentos, mas o objetivo final é sempre a tomada de decisões informadas em todos os quadrantes para ajudar a planear melhorias. Este artigo apresenta uma iniciativa internacional e três iniciativas nacionais que constituem exemplos bem-sucedidos de garantia de qualidade.

 

Melhor inspeção para uma melhor inclusão social

 

As inpeções-gerais, os departamentos de garantia e avaliação da qualidade e outras partes interessadas de sete países reuniram-se no projeto Better Inspection for Better Social Inclusion (Melhor inspeção para uma melhor inclusão social) (BIBESOIN). Os parceiros representam uma variedade de origens - com sistemas mais ou menos centralizados, de diferentes zonas geográficas e contextos culturais e históricos na Europa. Esta diversidade é perfeitamente intencional, pois permite um exame crítico e o intercâmbio de métodos.

Através de uma série de reuniões transnacionais e atividades de formação, o projeto analisa formas de promover e estimular a inclusão social nas escolas regulares. Estas incluem:

 

  • reduzir o impacto das desvantagens nos resultados educativos;
  • fomentar competências sociais, cívicas e interculturais;
  • combater a discriminação e a violência;
  • apoiar o acesso e a utilização de tecnologias digitais.

 

Todas as conclusões e resultados serão reunidos no Conjunto de Ferramentas de Avaliação e Estímulo da Inclusão Social na Educação (TESSIE). O projeto ainda está em curso, com participantes da Bélgica (Flandres), de Chipre, da Estónia, de França, de Malta, de Espanha e do País de Gales.

Portugal: Benefícios mútuos da avaliação externa das escolas

Em Portugal, a avaliação das escolas é realizada através de uma avaliação interna ou autoavaliação pela própria escola e de uma avaliação externa pela Inspeção-Geral da Educação (IGEC), com base na autoavaliação. O seu objetivo é promover a ética profissional, a participação na vida escolar e a compreensão do público.

A equipa de avaliação externa inclui dois inspetores e um especialista (um professor ou investigador). Após uma análise dos dados da escola, a equipa visita a escola durante um período de três a cinco dias para entrevistar as partes interessadas (como alunos, pais, autoridades locais e organizações comunitárias) e fazer um balanço das práticas, equipamentos e ambiente de ensino. A IGEC classifica o desempenho da escola em diferentes domínios numa escala de cinco níveis e partilha este relatório de avaliação com a escola, além de publicá-lo no seu sítio web. Nos dois meses seguintes, a escola apresenta um plano de melhoria, que também é disponibilizado ao público, designadamente, no sítio web da escola. É solicitado às escolas que respondam a um questionário sobre a sua experiência com a IGEC.

Este procedimento existe desde 2002 e aplica-se a escolas públicas e privadas.

Itália: Formar diretores escolares em autoavaliação

Em Itália, os Gabinetes Regionais de Educação organizam atividades de formação para novos diretores escolares durante o respetivo período de integração. Desta forma, os diretores das escolas aprendem desde cedo nas suas funções a desenvolver e analisar documentos estratégicos, incluindo o plano trienal de desenvolvimento da escola, o relatório de autoavaliação da escola e o plano de melhoria. A formação dura no mínimo 50 horas e é adaptada ao perfil do diretor da escola.

Ao longo da sua carreira, o desempenho dos diretores escolares é avaliado regularmente, sobretudo para verificar como facilitam a avaliação e como contribuem para melhorar os processos organizativo, o ensino na sala de aula e a consecução dos alunos.

Este procedimento foi lançado em 2017 e ainda está em vigor a nível nacional..

Países Baixos: Mesas redondas para o desenvolvimento de políticas

Os vários grupos de partes interessadas no sistema educativo holandês contribuem ativamente envolvidos para as políticas nacionais através de relatórios e discussões.

Por exemplo, a Inspeção-Geral da Educação dos Países Baixos organiza “mesas-redondas” trimestrais com todos os grupos de partes interessadas (por exemplo, sindicatos, direções-gerais de educação para o ensino primário e secundário, representantes de professores, pais e alunos) para discutir questões atuais e alterações do quadro de inspeção, assim como para ouvir as suas opiniões.

A participação destas partes interessadas é igualmente promovida através do relatório de inspeção anual, que analisa a qualidade de cada setor (ensino primário, secundário e superior) e de áreas temáticas específicas, como as competências dos professores. Alguns dos grupos de partes interessadas também publicam o seu próprio relatório anual no sítio web da Inspeção-Geral, dando voz aos grupos que representam (por exemplo, Ouders & Onderwijs, que representa os pais). O relatório anual de inspeção é publicado e discutido no âmbito de uma conferência pública anual co-organizada com estes grupos de partes interessadas.

Esta prática colaborativa foi implementada no país em 2016.

 

Itália: Formar diretores escolares em autoavaliação

Em Itália, os Gabinetes Regionais de Educação organizam atividades de formação para novos diretores escolares durante o respetivo período de integração. Desta forma, os diretores das escolas aprendem desde cedo nas suas funções a desenvolver e analisar documentos estratégicos, incluindo o plano trienal de desenvolvimento da escola, o relatório de autoavaliação da escola e o plano de melhoria. A formação dura no mínimo 50 horas e é adaptada ao perfil do diretor da escola.

Ao longo da sua carreira, o desempenho dos diretores escolares é avaliado regularmente, sobretudo para verificar como facilitam a avaliação e como contribuem para melhorar os processos organizativo, o ensino na sala de aula e a consecução dos alunos. 

Este procedimento foi lançado em 2017 e ainda está em vigor a nível nacional.

 

Países Baixos: Mesas redondas para o desenvolvimento de políticas

Os vários grupos de partes interessadas no sistema educativo holandês contribuem ativamente para as políticas nacionais através de relatórios e discussões.

Por exemplo, a Inspeção-Geral da Educação dos Países Baixos organiza “mesas-redondas” trimestrais com todos os grupos de partes interessadas (por exemplo, sindicatos, direções-gerais de educação para o ensino primário e secundário, representantes de professores, pais e alunos) para discutir questões atuais e alterações do quadro de inspeção, assim como para ouvir as suas opiniões.

A participação destas partes interessadas é igualmente promovida através do relatório de inspeção anual, que analisa a qualidade de cada setor (ensino primário, secundário e superior) e de áreas temáticas específicas, como as competências dos professores. Alguns dos grupos de partes interessadas também publicam o seu próprio relatório anual no sítio web da Inspeção-Geral, dando voz aos grupos que representam (por exemplo, Ouders & Onderwijs, que representa os pais). O relatório anual de inspeção é publicado e discutido no âmbito de uma conferência pública anual co-organizada com estes grupos de partes interessadas.

Esta prática colaborativa foi implementada no país em 2016.

 

Para mais informações consultar: https://www.schooleducationgateway.eu/pt/pub/latest/practices/inspectorates-of-education.htm

Este artigo está disponível em 23 idiomas.

 


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