Neste dia, a Direção Regional da Saúde desafia a todos a educar para a saúde e alerta para a importância da Alimentação pouco saudável, a par da falta de Atividade Física, como base para a avassaladora epidemia do excesso de peso e obesidade, que constitui uma ameaça à saúde pública na Europa e em todo o Mundo.
Os jovens com excesso de peso tendem a mantê-lo na idade adulta e têm maior probabilidade de tornarem-se adultos obesos. Esta condição coloca-os em vulnerabilidade e aumenta significativamente o risco de sofrerem de doenças como a diabetes, problemas de fígado e cardíacos, hipertensão e acidentes vasculares cerebrais.
O paladar das crianças tem de ser educado logo desde o início. Para ajudar a criança a comer alimentos mais ricos a nível nutricional e mais saudáveis, é essencial adotar estratégias de educação do palato, que podem ser feitas através da oferta de frutos e legumes, mas também da redução de doces. É importante que o açúcar não faça parte da rotina alimentar da criança, e que quando ela sentir fome, sejam disponibilizados alimentos de elevado valor nutricional. Além disso, permita que ela coma num ambiente tranquilo e agradável, sem barulho ou confusão.
Assim, cada gesto é fundamental para que tenhamos uma vida com mais qualidade, tanto a nível físico como mental, e é na infância que se moldam os comportamentos mais facilmente. As crianças absorvem os ensinamentos e os bons e os maus exemplos, por isso relembramos princípios muito simples para que o testemunho seja passado aos mais novos, e assim conseguirmos reeducar a sociedade para que os hábitos de vida sejam mais saudáveis.
Damos-lhe dicas para o ajudar:
Não ceda a todas as ofertas alimentares – Alimentos ultraprocessados são vendidos em toda parte, sempre acompanhados de muita propaganda, descontos e promoções, enquanto alimentos in natura ou minimamente processados podem não ser comercializados em locais próximos.
Opte por um custo mais acessível – Embora legumes, verduras e frutas possam ter preço superior ao de alguns alimentos ultraprocessados, o custo total de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados é menor do que o custo de uma alimentação baseada em alimentos ultraprocessados.
Ensine às crianças habilidades culinárias – O enfraquecimento da transmissão de habilidades culinárias entre gerações favoreceu o consumo de alimentos ultraprocessados. Desenvolva, exercite e partilhe suas habilidades culinárias; valorize o ato de preparar e cozinhar alimentos e integre associações da sociedade civil que buscam proteger o património cultural representado pelas tradições culinárias locais e nacionais.
Invista tempo – Para reduzir o tempo dedicado à aquisição de alimentos e à preparação de refeições, planeamento das compras, organização da despensa, definição com antecedência do menu da semana, aumente o seu domínio de técnicas culinárias e faça com que todos os membros de sua família partilhem da responsabilidade pelas atividades domésticas relacionadas à alimentação. Para encontrar tempo para fazer refeições regulares, comer sem pressa, desfrutar o prazer proporcionado pela alimentação e partilhar com os entes queridos, reavalie como tem gerido o seu tempo e considere quais são as outras atividades que pode prescindir para ter mais espaço para a preparação das refeições.
Questione a informação sobre os alimentos – existem muitas informações a circular sobre alimentação e saúde, mas poucas são de fontes confiáveis.
Seja critica em relação à publicidade - A publicidade de alimentos ultraprocessados domina os anúncios comerciais de alimentos, frequentemente veicula informações incorretas ou incompletas sobre alimentação e atinge, sobretudo, crianças e jovens. Esclareça as crianças e os jovens de que a função da publicidade é essencialmente aumentar a venda de produtos, e não informar ou, menos ainda, educar as pessoas.
Escolha alimentos saudáveis! Cozinhe de forma saudável! Eduque para uma alimentação Saudável. Assim todos seremos mais saudáveis no futuro!