«Madeirensidade é um sentimento que os nossos antepassados cultivaram. E tiveram, como resposta a essa ambição, o desprezo, a prepotência e a ignorância».
As palavras do Presidente do Governo Regional, durante a sua intervenção na conferência sobre a “madeirensidade”, iniciativa que decorreu na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira integrada na inauguração da sede da SEDES Madeira.
Miguel Albuquerque lembrou que em 1974 – 1975 – anos da revolução – a maioria da população madeirense não sabia ler e escrever, sendo que, a Autonomia Política teve como primeiro desafio a recuperação daquele que era um estado de «atraso monumental».
Hoje, a Região, enfatizou o Chefe do Governo, – até porque não se esquece desse passado – tem por objetivo primacial assegurar às novas gerações o melhor ensino e as melhores capacidades, com decisões determinadas, voltadas para o futuro, que decorrem da sua capacidade de decidir.
Miguel Albuquerque entende que a SEDES pode e deve ser um instrumento para a Região Autónoma dar a conhecer ao País, divulgando junto dos concidadãos residentes em território continental aquelas que são as questões da Madeira, as suas ambições e de que forma pode contribuir para o desenvolvimento nacional.
«Neste momento, a madeirensidade está sustentada numa conquista fundamental e histórica, que é a nossa Autonomia Política», sinalizou o líder do Executivo.
«E, se for preciso, independentemente do diálogo, nós também temos forças na Madeira dispostas ao combate político – o combate político não está fora de moda – para defender aquilo que é a nossa realidade e a nossa Autonomia», continuou.
Miguel Albuquerque disse que o país não tem uma política europeia definida. Por outro lado, embora tenha aprovado o Plano Estratégico para o Mar, a Madeira apresenta-se como a única região do país com passos consolidados, nomeadamente, através de todos os serviços integrados no MAR.
«Não temos alianças com nenhuma das potências médias atlânticas da Europa», apontou o governante.
«Se a ideia é continuarmos a receber dinheiro da Europa, ótimo. Eu queria ser contribuinte da União Europa», concluiu.