O secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, destacou esta segunda-feira a importância do trabalho desenvolvido pela comunidade científica, para a tomada de decisões políticas.
“Nestes meus anos de serviço público, sempre considerei que uma das preocupações dos decisores políticos passa por ouvir os técnicos, os cientistas e os investigadores. Pois só com um conhecimento abrangente e estruturado sobre as matérias é que podemos tomar melhores decisões”, disse Teófilo Cunha na abertura do Primeiro Encontro Nacional de Mergulho Científico do MARE, que decorre até sexta-feira, no Funchal.
Exemplo desse trabalho, continuou o governante, é o que tem sido feito na Região pelo MARE-Madeira, muitas vezes socorrendo-se do mergulho científico.
“É um trabalho que não se esgota na sua vertente mais académica, pois assume também uma preocupação pragmática, prática e social, que vai para além dos projetos de investigação”, sublinhou, elencando o que tem sido feito ao nível da monitorização da biodiversidade, mapeamento e caracterização dos habitats marinhos, controlo das espécies invasora ou a recolha de dados sobre o lixo marinho.
“São tudo processos centrais para quem, como nós, Região Autónoma da Madeira, tem um enorme compromisso com a defesa do Oceano e do nosso Mar”, lembrou Teófilo Cunha, apontando o aumento da reserva das Ilhas Selvagens e a proibição da captura do mero e do peixe-cão, como exemplos dessa política de preservação ambiental.
Decisões importantes, reforçou o secretário regional, assentes em conhecimentos técnicos e científicos. “Na política temos que tomar decisões, e o conhecimento científico ajuda-nos nesse trabalho”, concluiu, elogiando o trabalho do MARE-Madeira. Um “parceiro” importante, na valorização e conhecimento do imenso património azul que o País, fruto das suas Regiões Autónomas, tem.