O presidente do Governo Regional elogiou a obra, dando os parabéns à Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM) pela concretização de «um dos projetos mais inovadores desenvolvidos no nosso País e na Europa». «É uma das maiores obras que foram realizadas no campo da hidráulica em Portugal e resulta da capacidade de engenharia da EEM», acrescentou.
O governante sublinhou tratar-se de um investimento que ascendeu a 70 milhões de euros, grande parte financiado pelo PO-SEUR, que está completamente no terreno e que vai permitir abastecer a central da Calheta, com a lagoa do Paul da Serra a ser reabastecida a partir da energia eólica.
Algo que, enfatiza, é muito inovador. De tal modo que, na apresentação da candidatura aos fundos europeus, o projeto chegou mesmo a causar alguma estranheza até na Comissão Europeia, mas que depois foi totalmente aceite e inclusive majorado em função da sua capacidade técnica e inovação.
A propósito, o líder madeirense lembrou que a lagoa tem capacidade de um milhão de metros cúbicos. «Para se perceber, equivale a 529 piscinas olímpicas», relevou.
Todo o empreendimento, reforçou Miguel Albuquerque, vai dar um grande contributo para que, em 2025, a Madeira possa ter capacidade para produzir 50% da energia elétrica consumida a partir de fontes renováveis.
Paralelamente, aquela infraestrutura «também significa uma melhoria na captação do recurso fundamental que é a água». «Esta lagoa tem grande capacidade de armazenamento e esta água pode ser usada, quando necessário, para rega e para abastecimento público», anunciou-
Finalmente, tem uma terceira função complementar, que já foi utilizada, que é «a circunstância de poder funcionar como ponto de abastecimento para o helicóptero de combate aos fogos».
Aos jornalistas, o líder madeirense fez questão ainda de destacar o papel do antigo presidente da EEM, já falecido, Rui Rebelo em todo o projeto, salientando ser com justiça que foi atribuído o seu nome a todo o sistema de aproveitamento.
O governante destacou ainda o grande investimento que está a ser concretizado pela EEM na área da produção de energia a partir de fontes renováveis (projetos em curso ultrapassam os 65 milhões de euros), a par do investimento de mais cerca de 120 milhões de euros na melhoria da captação e armazenamento dos nossos recursos hídricos.