O Secretário Regional das Finanças e da Administração Pública, Rui Gonçalves, afirmou hoje, que o Governo Regional da Madeira assumiu a cooperação com os países com os quais tem afinidades históricas e linguísticas, como uma das prioridades ao nível da sua ação externa, sendo que Cabo Verde é um ponto incontornável dessa cooperação.
O governante, que falava nas Jornadas de Trabalho do Projeto HEXAGONE, que decorrem na cidade da Praia, em Cabo Verde, salientou que com a alavancagem concedida pelo Programa Operacional Madeira-Açores-Canárias, em concreto do projeto estratégico HEXAGONE, têm vindo a ser estabelecidos vários contactos bilaterais entre entidades Cabo-verdianas e Madeirenses, promovendo a sua aproximação e conhecimento recíproco.
Esta aproximação, reforçou o Secretário Regional, já tem dado resultados, sendo que no mês passado foram assinados, na cidade da Praia, dois protocolos de cooperação, um na área do ensino superior, na vertente da mobilidade dos alunos, e um outro na área da proteção civil.
Como explicou, ainda, Rui Gonçalves, entretanto já se perspetivam outros protocolos, nomeadamente na área da educação, da saúde pública, do ordenamento do território, do cluster marítimo, bem como num setor essencial para as ambas as economias, a energia.
Estas jornadas são um sinal bastante ilustrativo do número crescente de projetos existentes e do dinamismo das entidades públicas e privadas da Macaronésia.
Por outro lado, o Secretário Regional lembrou os projetos aprovados, em colaboração com Cabo Verde, no âmbito da 1ª convocatória do Programa Operacional Madeira-Açores-Canárias.
Estes projetos, defendeu, alavancados no apoio financeiro concedido pela União Europeia, traduzir-se-ão em resultados concretos para o desenvolvimento e aproximação dos dois arquipélagos.
“No caso da Região Autónoma da Madeira, temos uma participação conjunta em 33 projetos com entidades cabo-verdianas, os quais abarcam todas as áreas de elegibilidade do Programa”, realçou Rui Gonçalves, acrescentando que as Regiões Ultraperiféricas da Macaronésia são um pilar importante e estratégico para o efetivo desenvolvimento da mesma, numa lógica de “vizinhança alargada”, pelo que esta parceria deverá ser aproveitada e dinamizada.