O presidente do Governo Regional falava durante a cerimónia de abertura do Seminário Anual da European Community Association of Ship Brokers and Agents (ECASBA), que decorre hoje na Gare Marítima do Funchal. Um organismo que reúne vários dos maiores agentes europeus
Segundo o governante, o sucesso do Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR) tem reflexos nos números do Centro Internacional de Negócios da Madeira, «que em 2022 tinha 4.005 postos de trabalho diretos, qualificados, num acréscimo de 16,6% relativamente ao ano anterior».
Em 2023, enaltece ainda, «houve também uma subida em número de postos de trabalho e de empresas». Neste momento, há 2.643 entidades registadas.
«Muitas delas devem-se à circunstância de terem entrado no CINM muitas empresas tecnológicas, que vieram se sediar na Madeira, o que não deixa de ser importante e significativo», destacou.
O líder madeirense considerou ainda que estes números vão ao encontro da necessidade de a Região diversificar a sua economia: «Estas empresas são empresas qualificadas e entre elas estão empresas de management. Temos quadros de madeirenses a trabalhar por toda a Europa, por exemplo, na Grécia, na gestão destas frotas de navios. E ainda nos permite aumentar o número de tripulantes aqui registados».
Paralelamente, coloca o foco de que estes crescimentos «significam a credibilidade, a segurança, a confiança e a competitividade na Região». «Como sabem, a credibilidade e a confiança são essenciais. Às vezes, não são só as condições fiscais ou de funcionamento proporcionadas. É fundamental a quem investe sentir estabilidade e confiança. E isso tem sido assegurado!», acrescentou.
Miguel Albuquerque recordou ainda que aquando da sua visita a Hamburgo, há cerca de dois anos, teve a oportunidade de contactar com um grupo de armadores alemães, «que estavam muito satisfeitos com o nosso Registo, porque funciona bem, sobretudo na sequência das alterações que nós introduzimos (o funcionamento durante 24 horas, termos pessoal mais qualificado e expedito) e que foram muito importantes para quem tem negócios a decorrer com grandes volumes financeiros, sobretudo no transporte marítimo».
A outro nível, frisou que «nos últimos 48 anos não tivemos medo de encarar o futuro». «Foi isso que levou ao crescimento da nossa Economia e às mudanças estruturais, educacionais, culturais, sociais, que temos tido na Madeira»., acrescentou
Segundo o governante, às vezes, «é muito mais cómodo sermos conservadores e enterrar a cabeça na areia, não encararmos os problemas de frente». «Nós temos de ter um sentido prospetivo, de olhar para o futuro», referiu.