O Presidente do Governo Regional da Madeira quer recuperar os antigos caminhos reais que atravessam a ilha, para torná-los num novo polo turístico.
“Nós pretendemos, através de um conjunto de obras que vamos lançar já nos próximos anos, reabilitar os antigos caminhos que atravessavam toda a Madeira e que têm um conjunto de elementos muito importantes do ponto de visa do património”, disse Miguel Albuquerque na visita que efetuou ao primeiro destes percursos recuperados, entre o sítio da Florença e o Lombo Atouguia, no concelho da Calheta.
Miguel Albuquerque salientou que estas intervenções vão servir para a “reabilitação da memória” destas ligações em todas as freguesias e, “simultaneamente, aproveitar para criar um novo polo de atratividade para quem visita” a Região.
O Caminho Real" ou "Estrada Real" é a designação atribuída às principais vias terrestres construídas antes da implantação da República. Na Madeira, a maior parte surgiu por iniciativa dos governadores ou dos capitães-generais, funcionando como alternativa e complemento às ligações marítimas.
Os "caminhos reais" começaram a perder importância com a chegada do automóvel e da moderna rede viária, ao longo do século XX, e a maior parte caiu no abandono.
Atualmente, dos 28 percursos pedonais recomendados pelas autoridades (25 Madeira e três no Porto Santo), apenas 12 são em veredas e antigas "estradas reais", mas o interesse na recuperação da velha rede viária mobiliza, agora, o governo e as câmaras municipais.