Os 130 milhões de euros estão reservados para o financiamento de medidas de "uma Madeira mais inovadora", adiantou o Secretário Regional das Finanças. Rogério Gouveia revelou que se tratam "de instrumentos de capital para financiar empresas de capital de risco, no sentido de que as ideias, as stratups e os modelos de negócio inovadores, não tenham uma perda de oportunidade só porque não têm capital para fomentar o negócio, numa fase crítica, que normalmente é aquela inicial". Para o Secretário Regional das Finanças, “uma Região mais inteligente e competitiva, valorativa do conhecimento e inovação, visando um crescimento sustentável assente na diversificação inteligente do padrão produtivo” estabelecendo conexões entre as atividades consolidadas e emergentes, com maior intensidade tecnológica e promovendo as vantagens da transição digital, “constitui o objetivo central da proposta do novo Programa Operacional 20-30”. Neste enquadramento, complementarmente às subvenções, prevê-se a utilização de instrumentos financeiros, de capital próprio ou quase capital, empréstimos e garantias, para apoio direto às empresas, na perspetiva de tornar, efetivamente, a Madeira numa região mais inteligente e competitiva.
Neste sentido, de acordo com o titular da pasta das finanças, “o Governo Regional já desencadeou um conjunto de ações que integra a realização de um diagnóstico do atual espetro de aplicação dos instrumentos financeiros no espaço nacional, nas suas diversas amplitudes e das necessidades e constrangimentos existentes das empresas regionais no acesso aos mecanismos e instrumentos de financiamento, para poder melhor definir e avaliar o tipo de medidas e instrumentos que deverá desenvolver, em particular no próximo período de programação”. Para Rogério Gouveia, “importa agora mobilizar todas as entidades empresariais, dos sistemas científico e tecnológico e das agências públicas, para a apresentação de projetos à volta das oportunidades que o mercado cria e das capacidades que podem ser desenvolvidas regionalmente”.
Reconhece, no entanto, o Secretário das Finanças que “não obstante o caminho já percorrido e a evolução positiva verificada nos últimos anos, o nível de I&D empresarial ainda não é muito alto, o que constitui o principal desafio à difusão da inovação”. Apesar do turismo continuar a ser uma área estratégia para a Região, Rogério Gouveia adianta que a “pretensão é criar alternativas, sobretudo na área do conhecimento e da investigação em todos os campos da ciência e tecnologia, como base para uma maior competitividade e desenvolvimento da Madeira e Porto Santo”
Rogério Gouveia presidiu à abertura da conferência - Financial Instruments for Innovation - The Madeira Region Experience - organizada pela Agência Nacional de Inovação – ANI – em articulação com os parceiros das diferentes Regiões de Espanha, Itália, Eslovénia, Grécia, Polónia, Lituânia e Bélgica, que decorreu no auditório do Colégio dos Jesuítas, na Reitoria da Universidade da Madeira.
O Secretário Regional das Finanças considerou que “a escolha da Madeira para a realização desta conferência inter-regional constitui, pois, motivo de grande satisfação para o Governo Regional, mas também de grandes responsabilidade, já que a partir desta iniciativa deverão surgir ideias, projetos e ações que contribuam para estimular o investimento em inovação, através da promoção da utilização de instrumentos Financeiros como ferramenta de execução da política de coesão”.