Passado um ano de operacionalização da cobrança de entrada no Miradouro do Cabo Girão, a Secretaria Regional das Finanças avança com os dados que revelam que, até finais do mês de fevereiro, 885.681 mil pessoas – entre residentes e turistas – visitaram aquele que é um dos promontório mais altos da Europa, numa média diária de 2.430 visitantes.
De acordo com o secretário regional, a decisão de cobrar as entradas no Cabo Girão, enquadrou-se na política de preservação e rentabilização do Património Público Regional e teve como objetivo a valorização e proteção de um dos mais emblemáticos pontos turísticos da Região. Assim sendo, a partir do dia 06 de março de 2023 começou a ser cobrada uma taxa de dois euros aos visitantes não residentes na Região.
Como salientou Rogério Gouveia, por decisão do Governo Regional, os madeirenses e porto-santenses continuam a usufruir do acesso gratuito ao Miradouro e as crianças até aos 12 anos, residentes ou não, também não pagam entrada.
Assim sendo, do número global de visitantes, 842 611 (95,1%) correspondem a entradas pagas por adultos. As restantes entradas registadas e não pagas acomodam as 34 427 visitas de crianças, 8 169 de residentes e 474 entradas com cartão de deficiente.
Ainda segundo o secretário regional, o total de visitas gerou uma receita global efetiva para os cofres do Governo Regional da Madeira, na ordem dos 1 685 222,00€.
Receita vai apoiar a reabilitação do Miradouro do Pico dos Barcelos
Ao Diário, o responsável pela tutela lembrou, ainda, que no decorrer do ano de 2023, a manutenção do espaço do Miradouro do Cabo Girão representou investimentos superiores a 440 mil euros e que passaram, sobretudo, pelas obras de adaptação da acessibilidade, da ampliação da zona de bilhética e da área das máquinas de aquisição de entradas.
Como referiu Rogério Gouveia, dado o fluxo de turistas que visitam este espaço, para além do aumento para 5 máquinas de aquisição de entradas com pagamentos em cartão, mbway ou dinheiro, os investimentos implicaram a instalação de mais 5 torniquetes de Entrada e 3 torniquetes de Saída, bem como a instalação de 8 leitores de QR Code e respetiva integração com o sistema “Simplifica”.
No que diz respeito à adaptação da acessibilidade à plataforma do Miradouro para pessoas com mobilidade reduzida, as obras de beneficiação garantiram a melhoria dos acessos, passando a incluir acessibilidade a pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Neste momento, assegurou o secretário das Finanças, falta apenas a instalação da cadeira que possibilitará a acessibilidade à plataforma suspensa para pessoas com dificuldade ou incapacidade em lá chegar pelos seus próprios pés, lembrando que enquanto esse processo não estiver concluído, a entrada não está a ser cobrada a quem se enquadra nesta disposição.
Os trabalhos realizados com parte da receita obtida pela cobrança no Miradouro, incluíram, igualmente, a reparação de patologias a nível das coberturas, das instalações sanitárias, a criação de estacionamentos específicos para motas e lugares para mobilidade reduzida e com carregamento para viaturas elétricas, bem como a adaptação da loja existente para contemplar uma zona de vestiário e copa.
“É importante ressalvar que com a reabilitação de novos espaços comerciais, aumentou-se, também, a oferta dos serviços disponibilizados e da segurança, com presença permanente durante o horário de funcionamento, proporcionando uma experiência de qualidade a quem a visita a infraestrutura”, realçou.
Em relação a futuros investimentos, Rogério Gouveia avançou que, para além da manutenção do local em condições aprazíveis para os milhares de turistas que, anualmente, visitam um dos mais emblemáticos pontos turísticos regionais, estão também previstas obras de reabilitação do Miradouro do Pico dos Barcelos – que passou a ser gerido pela Direção Regional do Património –, com verbas das receitas provenientes das entradas no Miradouro do Cabo Girão.