O governante falava na Sessão de Abertura da 2ª Conferência das Regiões da Macaronésia, subordinada ao tema “Crise Pandémica, Mobilidade e o Futuro do Turismo na Macaronésia: Transição Ecológica e Digital”, que visa analisar o impacto da crise pandémica na mobilidade e no turismo destas regiões, num contexto em que se preveem acentuadas transformações futuras.
De acordo com o secretário regional, enquanto regiões insulares e ultraperiféricas, afastadas dos grandes centros de decisão e dos principais mercados, a crise pandémica veio evidenciar ainda mais a enorme dependência destes territórios aos transportes e realçar a necessidade de se adotar soluções de mobilidade inteligentes e sustentáveis, essenciais para a coesão social, económica e territorial.
“A Madeira quer aproveitar a oportunidade para acelerar mudanças que já estavam, contudo, a ser preparadas muito antes da crise”, explicou Rogério Gouveia aos representantes dos Governos de Canárias, Açores e Cabo Verde, presentes, realçando o grande investimento que tem vindo a ser feito em infraestruturas digitais, como é o caso do cabo submarino, dos projetos na área da saúde, na área da educação, e o posicionamento da Região no projeto-piloto “Nómadas Digitais”, que tem atraído profissionais do setor empresarial e empreendedores de todas as geografias para virem trabalhar, a partir da Madeira, para o resto do mundo.
O responsável pela tutela lembrou, ainda, que esta é, também, uma aposta perfilhada no Plano de Recuperação e Resiliência, que reserva mais de 251 milhões de euros para a transformação digital em várias áreas, nomeadamente para a mobilidade e a atividade turística sustentável e de qualidade, assente no respeito pelo ambiente e na luta contra as alterações climáticas.