A propósito deste evento, o presidente do Governo Regional recebeu esta segunda-feira, na Quinta Vigia, elementos da organização, encontro em que marcaram presença o secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, e a diretora regional do Mar, Mafalda Freitas.
Miguel Albuquerque congratulou-se com a escolha da Madeira para a realização do “importante” encontro durante a receção que concedeu a um grupo de investigadores, cientistas, industriais e operadores, nacionais e regionais, da área da aquacultura, que integram a comissão organizadora do Encontro Europeu de Aquacultura, que reunirá na Madeira em 2021 e onde são esperados cerca de 1500 participantes.
A conferência tem realização e é da responsabilidade da Sociedade Europeia de Aquicultura (EAS) - “Aquaculture Europe 2021”. É o maior evento científico e técnico que acontece na Europa nesta área e, por norma, costuma juntar entre 1 500 a 1 600 delegados. A conferência de 2021 terá lugar Madeira, de 4 a 7 de outubro, e acontece da sequência da candidatura bem-sucedida apresentada no início de 2019, que juntou uma alargada plataforma de centros de investigação, universidades e empresas portuguesas e ainda contou com o apoio do Governo Regional (GR), através de carta do anterior secretário regional de Agricultura e Pescas.
No encontro com o presidente do Governo Regional participaram elementos da comissão organizadora, casos dos investigadores madeirenses Carlos Andrade, chefe de divisão de Aquicultura da Madeira (DRM), e Natacha Nogueira, diretora de serviços de Política do Mar (DRM). E ainda da Bélgica, Mário Stael (European Aquaculture Society), do continente português, Elsa Cabrita (CCMAR), Luís Conceição, da empresa SPAROS, Lda., Luísa Valente (CIIMAR, ICBAS-UP), Sofia Alexandra Dias Engrola (CCMAR), Pedro Pousão Ferreira (IPMA), Ricardo Calado (CESAM, Universidade de Aveiro), Tiago Aires (SORGAL) e Maria Teresa Dinis (CCMAR).
A Comissão Organizadora ficou incumbida de apresentar à diretora regional do Mar elementos que de forma sucinta traduzissem o impacte do evento para a Região e os apoios necessários à sua concretização.
O que é esperado
A aquacultura marinha na zona costeira da Madeira, com estruturas flutuantes, desenvolveu-se a partir de um projeto-piloto lançado em 1996, na Baía de Abra, no Caniçal. Desde então, empresas privadas têm apostado no desenvolvimento e incremento da produção de dourada em mar aberto. Cientistas e investigadores apontam a qualidade das águas da Região e a temperatura como elementos com “grande potencial” para aumentar a produção, dinamizar a economia do mar, assegurar o acesso das populações a alimento a preços acessíveis, preservar as espécies selvagens e o meio marinho, diversificar a economia numa Região com histórico de crises de subsistência e criar emprego qualificado.