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Mais de metade sobrevive ao Cancro ao fim de 5 anos

Decorreu no dia 11 de abril de 2019, na Sala de Conferências do Hospital Dr. Nélio Mendonça, a 1ª Reunião Anual do Registo Oncológico da RAM, organizada pelo Registo Oncológico da RAM, coordenado pela médica oncologista, Carolina Camacho. 12-04-2019 Saúde e Proteção Civil
Mais de metade sobrevive ao Cancro ao fim de 5 anos

 

Decorreu no dia 11 de abril de 2019, na Sala de Conferências do Hospital Dr. Nélio Mendonça, a 1ª Reunião Anual do Registo Oncológico da RAM, organizada pelo Registo Oncológico da RAM, coordenado pela médica oncologista, Carolina Camacho.

O evento contemplou a realização de um “Fórum de discussão dos dados epidemiológicos do Registo Oncológico da RAM”, a “Apresentação das principais áreas de patologia” e a “Publicação do relatório de dados 2017”.

No relatório, disponível no Portal do SESARAM, é possível constatar que a sobrevivência global aos 5 anos na Região Autónoma da Madeira é de 55,7%. Das patologias avaliadas identificam-se também áreas de patologia com piores resultados de sobrevivência dada a agressividade do tumor e o diagnóstico mais tardio como a área do cancro do pulmão, do cérebro e da cabeça e pescoço; e, por outro lado, áreas de patologia com melhores resultados de sobrevivência como o cancro da mama e da próstata.

Em 2017, foram identificados na RAM 1339 novos casos de doenças oncológicas. Destes, 1086 casos corresponderam a tumores malignos que foram incluídos na análise estatística principal, excluindo-se os carcinomas da pele tipo basocelular, espinocelular, não especificados e outros, de modo a ser possível a comparação com outros dados estatísticos nacionais e internacionais.

A taxa de incidência bruta de cancro na RAM foi de 426,5/100.000 habitantes. Relativamente ao território nacional (1), verifica-se uma taxa de incidência padronizada para a população europeia globalmente sobreponível (RAM: 328; Portugal: 328,4/100.000) para ambos os sexos, sendo ligeiramente superior para o sexo masculino (RAM: 420,1; Portugal: 395,4).

Os cancros mais frequentes na RAM em 2017 foram o cancro da mama (156), da próstata (141), do cólon e do recto (133), do pulmão (108) e da cabeça e pescoço (72/cavidade oral, faringe, vias aéreas superiores).

Comparando os dados da RAM de 2017 com os dados oncológicos disponíveis para o território nacional (1), verifica-se uma maior taxa de incidência (padronizada para a população europeia), para ambos os sexos, relativamente aos tumores malignos do fígado e das vias biliares. O sexo masculino apresenta maior taxa de incidência padronizada para os tumores malignos da cabeça e pescoço e do pulmão, sendo ligeiramente superior nos casos do cancro da próstata e dos tumores cerebrais. No sexo feminino, verifica-se maior taxa de incidência padronizada para o cancro do pâncreas, do corpo do útero, do ovário e para o linfoma não Hodgkin.

Por outro lado, na RAM, as taxas de incidências padronizadas são inferiores nos casos de cancro do cólon, do rim e da tiroide (ambos os sexos); do testículo, da bexiga e de mieloma múltiplo (sexo masculino); e de cancro do estômago (sexo feminino).

A mediana de idade do total de casos registados foi de 66 anos, sendo o grupo etário mais afetado o dos 70-75 anos. A mediana de idades do sexo feminino foi ligeiramente inferior ao sexo masculino (65 vs 67 anos, respetivamente).

A taxa de mortalidade relativa ao ano de 2017 é apresentada e publicada pelo INE no seu sítio oficial e documenta uma taxa padronizada de 153,8 óbitos por tumores malignos por cada 100.000 habitantes.
Salienta-se a necessidade de continuar a investir no rastreio da doença oncológica ou na sua deteção precoce de modo a melhorar a sobrevivência oncológica. Por outro lado, associam-se as novas terapêuticas oncológicas que têm vindo a melhorar os resultados dos doentes com cancro mesmo em fases avançadas da doença.


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