Miguel Albuquerque mostrou-se hoje satisfeito com a anuência do Reino Unido para a realização de voos diretos entre a Inglaterra e a Madeira, a partir de 4 de julho. Na prática aquele país incluiu a Região (e também os Açores) numa lista de países/regiões para onde é seguro viajar, algo que não fez com Portugal Continental.
O presidente do Governo Regional falava, há pouco, à margem de uma visita que fez a uma exploração de pecuária em São Vicente. E mostrou-se feliz com a decisão de Londres, até porque «um dos mercados principais da Madeira é o do Reino Unido e é imprescindível para a Região ter este corredor turístico assegurado».
Mas, a decisão é ainda «a confirmação de que a estratégia da Madeira estava correta». «A estratégia da testagem à entrada e do controlo que fazemos em termo de Saúde Pública foi a mais adequada», acrescentou.
O líder madeirense disse que a decisão resulta também «do conjunto de diligências que foram feitas por nós, Região, juntos dos embaixadores, quer o do Reino Unido em Portugal quer o de Portugal no Reino Unido».
Miguel Albuquerque faz também questão de «agradecer as diligências que foram feitas pelo Turismo de Portugal, pela Secretária de Estado e também pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros».
«Foi um trabalho de conjunto e, dada a situação de controlo da pandemia que temos na Região e a importância do Turismo para a nossa Economia, designadamente o mercado emissor do Reino Unido, é uma excelente notícia para a Madeira e uma situação que vem ao encontro daquilo que pretendemos.», disse ainda.
O líder madeirense anunciou ainda que «há, da parte dos dois principais operadores do Reino Unido, um trabalho para iniciarem as operações o mais rapidamente possível».
Confrontado, pelos jornalistas, sobre um mistro de sentimentos da população, entre a alegria da retoma turística e a preocupação do contágio, Miguel Albuquerque foi perentório: «É bom que as pessoas estejam preocupadas, porque é um sinal de que vão continuar a adotar as medidas preventivas e profiláticas, designadamente o distanciamento, o uso de máscara, as normas de higiene, que são fundamentais. Estamos ainda numa situação de pandemia., em todo o mundo e na Europa em particular».
No entanto, lembra que « o circuito de controlo e monitorização dos nossos visitantes está a funcionar na perfeição». Mas, acrescenta de pronto, «isso não significa que não haja um risco». «É um risco calculado, porque é suscetível de permitir às autoridades de saúde o controlo da situação, mas não deixa de ser um risco», sustentou.
Frisando que é importante que se continue a não embandeirar em arco, o governante reiterou que a Região tem «uma solução que compatibiliza a abertura das fronteiras aos turistas com o controlo da pandemia e sobretudo com a possibilidade de impedir cadeias de contágio incontroláveis».
«Mas, neste momento, estou convencido que se continuarmos a atuar com estas precauções e sobretudo com a aplicação móvel que temos, de monitorização das situações, temos condições para, gradualmente, ir procedendo a retoma turística na Madeira», concluiu.