Na sequência das declarações proferidas pelo líder parlamentar do CDS-PP e candidato à Câmara Municipal do Funchal, Rui Barreto, sobre a companhia aérea Ryanair, a Secretario Regional da Economia, Turismo e Cultura emitiu o seguinte esclarecimento, no sentido de informar convenientemente a opinião pública:
- Sem argumentos válidos para defender a sua infundada e demagógica posição, o líder parlamentar do CDS-PP, tal como já é seu apanágio, entra pelo ataque pessoal, -descontextualizando frases às quais, sem qualquer surpresa, porque é próprio do seu estilo, atribui significados que nada têm a ver com a realidade.
- Descontextualização que usa ao abrigo de uma desonestidade política a que já nos habituou para denegrir o mérito da atuação do Governo Regional nesta matéria. Aliás, torna-se difícil compreender que o reforço das acessibilidades externas da RAM, neste caso concreto por parte da Easyjet – companhia que aumentou sua oferta para a Madeira em 100 mil lugares, sendo 30% ligações internacionais - seja assumido pelo CDS-PP como um problema. O preço altamente competitivo que foi anunciado deveria ser motivo de grande contentamento porque torna o destino apetecível à procura e representa mais uma possibilidade dos residentes da RAM viajarem para a Suíça, Alemanha e França, por um valor nunca antes verificado.
- O incômodo manifestado por Rui Barreto demonstra que o CDS-PP não se importa com a melhoria das acessibilidades à RAM, ofende os Madeirenses com a desonestidade com que trata assuntos tão sérios e importantes como este e revela uma profunda ignorância e falsidade na comunicação quando atribui, ao Governo Regional da Madeira, na pessoa do Secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura, falsas declarações que não foram realizadas e muito menos no enquadramento que o líder parlamentar refere.
- Desconhecendo por completo a dinâmica do mercado e a realidade da Região no que às suas acessibilidades externas respeita, Rui Barreto defende a vinda da Ryanair, alegando que a Madeira precisa dessa ligação como "de pão para a boca" para assegurar a concorrência.
Concorrência pela qual o Governo Regional da Madeira - e não o CDS-PP - tem vindo a trabalhar, numa atuação que tem conduzido a crescimentos consecutivos do número de frequências, tanto no verão como no inverno IATA mas, também, ao estabelecimento de novas rotas aéreas, quer para a Madeira quer para o Porto Santo.
- Ao contrário do que o CDS-PP quer fazer crer, o Governo Regional da Madeira defende a vinda desta ou de qualquer outra companhia aérea para a Região, desde que essa vinda resulte de propostas equilibradas e coadunantes com o que tem sido a regra nesta matéria. As 40 companhias que, neste momento, voam de e para a Madeira, com 390 frequências semanais e ligação a 17 países europeus e 63 cidades, têm vindo a ser tratadas ao abrigo da legislação europeia e através do recurso aos mecanismos e ferramentas de apoio que são disponibilizadas pelas entidades nacionais, numa estratégia que tem resultado na afirmação e progressiva abertura da Região ao exterior na qual não se afigura razoável que se abra qualquer excepção.
- Estranha-se que Rui Barreto, que se diz idôneo e atento à boa gestão dos dinheiros públicos, defenda esbanjar 10 milhões de euros apenas numa companhia aérea, quando este valor representa mais 2 milhões de euros do que a Madeira investe, anualmente, na sua promoção global. Estranha-se que esta mesma pessoa, isenta e dita responsável, defenda a abertura de uma excepção à favor desta companhia e em detrimento das 40 companhias que atualmente voam de e para a Madeira, num benefício direcionado que viria corromper e distorcer o mercado e o próprio enquadramento legal em que estás negociações funcionam.
- Estranha-se,ainda, que o líder parlamentar desconheça o que tem sido a consequência das más decisões que defende, com companhias a criarem instabilidade e a abandonarem os aeroportos por não terem os mesmos apoios que as outras, uma situação que, na Madeira e precisamente porque o modelo que o Governo Regional defende e tem no terreno é equitativo e harmonioso, não se verifica.
- Lamenta-se que o CDS-PP venha, mais uma vez, associar esta situação às viagens aéreas entre a Madeira e o continente português, neste Natal, numa tentativa desesperada de protagonismo que nada abona a favor das famílias e que, pelo contrário, não merece qualquer credibilidade.
- Esta Secretaria Regional repudia, por fim, que a política seja usada desta forma desonesta, característica do CDS-PP com recurso permanente à mentira, suportada na deturpação dos acontecimentos e ofensiva para uma população que deseja soluções e não atuações miseráveis pagas pelo erário público.