As escolas estão sujeitas a muitos tipos diferentes de avaliação - interna ou externa, por meio da observação das aulas ou da análise de documentos, mas o objetivo final é sempre a tomada de decisões informadas em todos os quadrantes para ajudar a planear melhorias. Este artigo apresenta uma iniciativa internacional e três iniciativas nacionais que constituem exemplos bem-sucedidos de garantia de qualidade.
As inspeções-gerais de educação fazem ouvir a sua voz
As escolas estão sujeitas a muitos tipos diferentes de avaliação - interna ou externa, por meio da observação das aulas ou da análise de documentos, mas o objetivo final é sempre a tomada de decisões informadas em todos os quadrantes para ajudar a planear melhorias. Este artigo apresenta uma iniciativa internacional e três iniciativas nacionais que constituem exemplos bem-sucedidos de garantia de qualidade.
Melhor inspeção para uma melhor inclusão social
As inpeções-gerais, os departamentos de garantia e avaliação da qualidade e outras partes interessadas de sete países reuniram-se no projeto Better Inspection for Better Social Inclusion (Melhor inspeção para uma melhor inclusão social) (BIBESOIN). Os parceiros representam uma variedade de origens - com sistemas mais ou menos centralizados, de diferentes zonas geográficas e contextos culturais e históricos na Europa. Esta diversidade é perfeitamente intencional, pois permite um exame crítico e o intercâmbio de métodos.
Através de uma série de reuniões transnacionais e atividades de formação, o projeto analisa formas de promover e estimular a inclusão social nas escolas regulares. Estas incluem:
- reduzir o impacto das desvantagens nos resultados educativos;
- fomentar competências sociais, cívicas e interculturais;
- combater a discriminação e a violência;
- apoiar o acesso e a utilização de tecnologias digitais.
Todas as conclusões e resultados serão reunidos no Conjunto de Ferramentas de Avaliação e Estímulo da Inclusão Social na Educação (TESSIE). O projeto ainda está em curso, com participantes da Bélgica (Flandres), de Chipre, da Estónia, de França, de Malta, de Espanha e do País de Gales.
Portugal: Benefícios mútuos da avaliação externa das escolas
Em Portugal, a avaliação das escolas é realizada através de uma avaliação interna ou autoavaliação pela própria escola e de uma avaliação externa pela Inspeção-Geral da Educação (IGEC), com base na autoavaliação. O seu objetivo é promover a ética profissional, a participação na vida escolar e a compreensão do público.
A equipa de avaliação externa inclui dois inspetores e um especialista (um professor ou investigador). Após uma análise dos dados da escola, a equipa visita a escola durante um período de três a cinco dias para entrevistar as partes interessadas (como alunos, pais, autoridades locais e organizações comunitárias) e fazer um balanço das práticas, equipamentos e ambiente de ensino. A IGEC classifica o desempenho da escola em diferentes domínios numa escala de cinco níveis e partilha este relatório de avaliação com a escola, além de publicá-lo no seu sítio web. Nos dois meses seguintes, a escola apresenta um plano de melhoria, que também é disponibilizado ao público, designadamente, no sítio web da escola. É solicitado às escolas que respondam a um questionário sobre a sua experiência com a IGEC.
Este procedimento existe desde 2002 e aplica-se a escolas públicas e privadas.
Itália: Formar diretores escolares em autoavaliação
Em Itália, os Gabinetes Regionais de Educação organizam atividades de formação para novos diretores escolares durante o respetivo período de integração. Desta forma, os diretores das escolas aprendem desde cedo nas suas funções a desenvolver e analisar documentos estratégicos, incluindo o plano trienal de desenvolvimento da escola, o relatório de autoavaliação da escola e o plano de melhoria. A formação dura no mínimo 50 horas e é adaptada ao perfil do diretor da escola.
Ao longo da sua carreira, o desempenho dos diretores escolares é avaliado regularmente, sobretudo para verificar como facilitam a avaliação e como contribuem para melhorar os processos organizativo, o ensino na sala de aula e a consecução dos alunos.
Este procedimento foi lançado em 2017 e ainda está em vigor a nível nacional..
Países Baixos: Mesas redondas para o desenvolvimento de políticas
Os vários grupos de partes interessadas no sistema educativo holandês contribuem ativamente envolvidos para as políticas nacionais através de relatórios e discussões.
Por exemplo, a Inspeção-Geral da Educação dos Países Baixos organiza “mesas-redondas” trimestrais com todos os grupos de partes interessadas (por exemplo, sindicatos, direções-gerais de educação para o ensino primário e secundário, representantes de professores, pais e alunos) para discutir questões atuais e alterações do quadro de inspeção, assim como para ouvir as suas opiniões.
A participação destas partes interessadas é igualmente promovida através do relatório de inspeção anual, que analisa a qualidade de cada setor (ensino primário, secundário e superior) e de áreas temáticas específicas, como as competências dos professores. Alguns dos grupos de partes interessadas também publicam o seu próprio relatório anual no sítio web da Inspeção-Geral, dando voz aos grupos que representam (por exemplo, Ouders & Onderwijs, que representa os pais). O relatório anual de inspeção é publicado e discutido no âmbito de uma conferência pública anual co-organizada com estes grupos de partes interessadas.
Esta prática colaborativa foi implementada no país em 2016.
Itália: Formar diretores escolares em autoavaliação
Em Itália, os Gabinetes Regionais de Educação organizam atividades de formação para novos diretores escolares durante o respetivo período de integração. Desta forma, os diretores das escolas aprendem desde cedo nas suas funções a desenvolver e analisar documentos estratégicos, incluindo o plano trienal de desenvolvimento da escola, o relatório de autoavaliação da escola e o plano de melhoria. A formação dura no mínimo 50 horas e é adaptada ao perfil do diretor da escola.
Ao longo da sua carreira, o desempenho dos diretores escolares é avaliado regularmente, sobretudo para verificar como facilitam a avaliação e como contribuem para melhorar os processos organizativo, o ensino na sala de aula e a consecução dos alunos.
Este procedimento foi lançado em 2017 e ainda está em vigor a nível nacional.
Países Baixos: Mesas redondas para o desenvolvimento de políticas
Os vários grupos de partes interessadas no sistema educativo holandês contribuem ativamente para as políticas nacionais através de relatórios e discussões.
Por exemplo, a Inspeção-Geral da Educação dos Países Baixos organiza “mesas-redondas” trimestrais com todos os grupos de partes interessadas (por exemplo, sindicatos, direções-gerais de educação para o ensino primário e secundário, representantes de professores, pais e alunos) para discutir questões atuais e alterações do quadro de inspeção, assim como para ouvir as suas opiniões.
A participação destas partes interessadas é igualmente promovida através do relatório de inspeção anual, que analisa a qualidade de cada setor (ensino primário, secundário e superior) e de áreas temáticas específicas, como as competências dos professores. Alguns dos grupos de partes interessadas também publicam o seu próprio relatório anual no sítio web da Inspeção-Geral, dando voz aos grupos que representam (por exemplo, Ouders & Onderwijs, que representa os pais). O relatório anual de inspeção é publicado e discutido no âmbito de uma conferência pública anual co-organizada com estes grupos de partes interessadas.
Esta prática colaborativa foi implementada no país em 2016.
Para mais informações consultar: https://www.schooleducationgateway.eu/pt/pub/latest/practices/inspectorates-of-education.htm
Este artigo está disponível em 23 idiomas.