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Produção de conhecimento e estratégias de inovação

Aprovadas 43 Bolsas de Formação Avançada com um valor estimado de 2.615.020€. 23-12-2015 Educação, Ciência e Tecnologia
Produção de conhecimento e estratégias de inovação

A Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação (ARDITI) apresentou terça-feira (22 de dezembro), no Madeira Tecnopolo, os Resultados do Concurso de Bolsas de Formação Avançada e do seu Sistema de Informação. As 43 bolsas aprovadas envolvem um total estimado de 2.615.020€, o que representa 48% das dotações previstas do PO-RAM 2014-2020.

Uma centena
de candidaturas


Promovido pela primeira vez pela ARDITI, num processo que se pretende seja agora anual, o concurso decorreu entre os dias 21 de abril e 22 de maio de 2015, e recebeu 104 candidaturas, das quais 76 foram consideradas válidas e 59 foram efetivamente avaliadas, 36 para Bolsas de Doutoramento, 21 para Bolsas de Pós-Doutoramento e duas para Bolsas de Doutoramento em Empresas.
Para além da apresentação dos resultados, a iniciativa, que contou com Miguel Prazeres, Professor Catedrático do Departamento de Bioengenharia do IST-U. Lisboa e Coordenador do Painel de Avaliação, pretendeu sensibilizar a comunidade científica, particularmente futuros candidatos a bolseiros, sobre a preparação de candidaturas, e apresentar o novo portal da ARDITI.

Normas a seguir

Nuno Nunes, Presidente do Conselho de Administração da ARDITI, recordou que o novo Quadro Comunitário Madeira 2014-20 apresenta um conjunto de restrições relativamente à forma como as bolsas de formação avançada são financiadas. No essencial, só podem ser atribuídas bolsas de pós-doutoramento (BPD), doutoramento (BD), doutoramento em empresas (BDE) e bolsas de investigação (BI) no âmbito de programas doutorais aprovados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia com início após 1 de janeiro de 2014.
Para além disso, as BDs, BDE e BPD «têm que estar alinhadas com as Estratégias de Especialização Inteligente (RIS3) das respetivas regiões», sendo que «as BDs e BPD devem contribuir para a transição dos doutorados e pós-doutorados para o mercado de trabalho», completou Nunes.
Saúde e Bem-Estar (13), Qualidade Agroalimentar (10) e TIC’s (8) foram os âmbitos temáticos de maior predominância, sobressaindo na área de aplicação dos estudos propostos os Recursos e Tecnologias do Mar (11). Biossustentabilidade, Sustentabilidade, Gestão e Manutenção de Infraestruturas, Energia, Mobilidade e Alterações Climáticas completam o rol de candidaturas aprovadas.
Dos montantes aprovados por tipologia, verifica-se que 35% vão para Bolsas de Doutoramento no âmbito de Programas de Doutoramento, 31% para Bolsas de Doutoramento e outro tanto para Bolsas de Pós-Doutoramento, enquanto somente 3% destinam-se a Bolsas de Doutoramento em Empresas.

Conhecimento
fixado na Região


Miguel Prazeres salientou o facto de a «atribuição de bolsas a tempo integral e com exclusividade permitir fixar 43 pessoas altamente qualificadas» em áreas importantes para a RIS3 na Região.
Prazeres reconheceu que «o processo de avaliação, pela primeira vez realizado recorrendo a um painel de peritos externos, é complexo dadas as diferentes áreas de candidatura, mas claramente positivo para a implementação de uma cultura de IDT+I (Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Investigação) exigente, competitiva e promotora da excelência».

Candidatos adaptados
à estratégia regional


O Secretário Regional de Educação, Jorge Carvalho, incentivou futuros candidatos a bolseiros. «Capacitar pessoas, organizações, instituições e empresas é efetivamente uma das apostas, do ponto de vista científico e tecnológico, do Governo Regional», vincou o Secretário Regional, sublinhando que «só com conhecimento altamente especializado» a Região conseguirá «criar uma sociedade capaz, não só de produzir conhecimento, como de novas estruturas e estratégias de inovação e de posicionamento para os grandes desafios da sociedade».
«O número de candidaturas demonstra que temos pessoas com qualidade e instituições com capacidade de produção de conhecimento», concluiu Jorge Carvalho.


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